Nesta manhã, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que as declarações feitas pelo titular da Justiça mostram "o nível de criminalidade e terrorismo em que agiam os chamados 'patriotas', gente presa que, hoje, bolsonaristas querem soltar e devolver ao convívio da sociedade".
Por Redação - de Brasília e Rio de Janeiro
O plano para matar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), descoberto pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, na véspera, repercutia entre parlamentares e líderes políticos brasileiros, neste domingo. Nas redes sociais, internautas destacaram a gravidade da informação revelada por Dino. Um dos envolvidos no atentado a bomba no Aeroporto de Brasília (DF) planejou, junto com outros suspeitos, a morte de Lula com um tiro durante a posse presidencial, em 1º de janeiro.
Nesta manhã, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que as declarações feitas pelo titular da Justiça mostram "o nível de criminalidade e terrorismo em que agiam os chamados 'patriotas', gente presa que, hoje, bolsonaristas querem soltar e devolver ao convívio da sociedade".
"Isso precisa ser investigado com todo rigor!", cobrou a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ).
O atentado
Segundo Flávio Dino, a Polícia Federal (PF) encontrou mensagens que tramavam a morte do presidente com um tiro de fuzil, a longa distância. Nas trocas de mensagens estava o envolvido no atentado a bomba no Aeroporto de Brasília , que ocorreu no dia 24 de dezembro.
— Esse cidadão que está preso, da bomba, do aeroporto, no dia 24 (de dezembro), ele estava fazendo treino e obtendo instruções de como dar um tiro de fuzil de longa distância. Ele estava obtendo informações. Há um diálogo dele em que ele procura informações de qual o melhor fuzil, qual a melhor mira para tantos metros de distância — revelou o ministro.
Questionado sobre o alvo ser o presidente, Dino respondeu que dá para entender que "havia atos preparatórios” para a execução do atentado.
"Mas dias antes ele dá a entender, né? Porque pergunta: “Qual o fuzil que é mais adequado para tal distância?”; “E a tal mira?” Aí o instrutor diz: “Não, essa mira é melhor”. Ou seja, havia atos preparatórios para a execução de um tiro que ia ser um tiro no dia da posse de Lula", explica o ministro.