Rio de Janeiro, 16 de Junho de 2025

Pimenta cita momento delicado para justificar demissão de Doyle

À mídia conservadora, Pimenta comentou o tema nesta quinta-feira, dia seguinte à demissão do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Hélio Doyle, por publicações contrárias à ação israelense contra os territórios palestinos. Em uma das mensagens replicadas, Doyle chama de "idiota" os apoiadores do Estado judeu.

Quinta, 19 de Outubro de 2023 às 20:24, por: CdB

À mídia conservadora, Pimenta comentou o tema nesta quinta-feira, dia seguinte à demissão do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Hélio Doyle, por publicações contrárias à ação israelense contra os territórios palestinos. Em uma das mensagens replicadas, Doyle chama de "idiota" os apoiadores do Estado judeu.


Por Redação – de Brasília

Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), o deputado licenciado Paulo Pimenta (PT-RS) afirma que todos os servidores com cargos de chefia devem ter cuidado com as suas declarações porque as consequências acabam recaindo para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Principalmente quando se trata de assuntos sensíveis, a exemplo da guerra entre Israel e a Palestina.

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O jornalista Helio Doyle foi convidado a deixar o cargo, na EBC


À mídia conservadora, Pimenta comentou o tema nesta quinta-feira, dia seguinte à demissão do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Hélio Doyle, por publicações contrárias à ação israelense contra os territórios palestinos. Em uma das mensagens replicadas, Doyle chama de "idiota" os apoiadores do Estado judeu.

– Não se trata de falar mal de A ou de B. Trata-se, em primeiro lugar, de tratar com respeito, seriedade, gravidade, delicadeza o momento. Se a conduta do Brasil é uma conduta de respeito, de busca da promoção da paz, de manter uma capacidade de diálogo com todos os atores que estão nesse cenário de guerra e a garantia da busca com segurança das famílias brasileiras que estão lá, é esse tipo de comportamento e postura que esperamos de todos os servidores e servidoras que têm posição de chefia dentro do governo – afirmou o ministro ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, nesta manhã.

 

Carlos Latuff


Na noite passada, Doyle pediu sua exoneração do cargo de presidente da EBC, após reproduzir uma mensagem do cartunista Carlos Latuff. O ministro preferiu não comentar especificamente as publicações e a demissão de Doyle, mas cobrou de todo servidor que ocupa função de chefia "responsabilidade com qualquer declaração, qualquer atitude".

– Porque quem acaba respondendo por ela é o governo como um todo. Nesse caso específico, a partir do momento que o presidente manifesta uma posição e essa posição tem como princípios o Brasil, à frente do Conselho de Segurança da ONU, trabalhar pela promoção da paz e a garantia da repatriação de todos os brasileiros e brasileiras que se encontram na área, da zona de conflito, essa orientação deve ser observada por todo mundo sem exceção – acrescentou.

Jornalista por profissão, Pimenta afirmou ainda que essas orientações não representam nenhum tipo de censura ou proibição de manifestações sobre o conflito no Oriente Médio. Mas alerta que será preciso diferenciar o que seria opinião de "achincalhamento" ou "ataque gratuito"

– Não existe nenhuma orientação nesse sentido (de proibir manifestações). O que há é uma recomendação de bom senso, de no momento em que o presidente da República tem um posicionamento público sobre o assunto, esse posicionamento passa a ser o posicionamento do governo e dos seus principais porta-vozes, que são os ministros e o primeiro escalão do governo. Existe uma distância muito grande entre você ter uma opinião e fazer um achincalhamento, deboche, uma agressão gratuita que não está em sintonia com a conduta com que o presidente espera de cada um de nós – concluiu.

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