O esquema consiste na interposição de “laranjas” como proprietários das empresas contratadas, com a finalidade de ocultar o real beneficiário da fraude, além de alteração da razão social das empresas, disfarçando a continuidade delitiva.
Por Redação, com ACS – de Brasília
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira, a Operação Jerimum, com o objetivo de desarticular esquema criminoso especializado em fraudar licitações da Prefeitura Municipal de Jeremoabo/BA, com a celebração de contratos irregulares com o município, na área de transporte escolar, com superfaturamento de preços e, consequentemente, desvio de recursos públicos.
O esquema consiste na interposição de “laranjas” como proprietários das empresas contratadas, com a finalidade de ocultar o real beneficiário da fraude, além de alteração da razão social das empresas, disfarçando a continuidade delitiva, ou ainda através da inclusão de novas empresas pertencentes ao mesmo grupo criminoso para participar das licitações fraudulentas.
Não obstante as licitações serem procedidas por meio de pregões eletrônicos, não eram disponibilizados todos os documentos e/ou links necessários para a participação de outras empresas no certame na plataforma utilizada para fazer a publicidade dos atos, ou dificultava-se o acesso para incluir/encaminhar documentos, o que findava por gerar a desclassificação das empresas participantes e a restrição da concorrência.
Cerca de 30 Policiais Federais cumprem seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Jeremoabo e Paulo Afonso, inclusive na sede da Secretaria Municipal de Educação de Jeremoabo, visando colher elementos para robustecer as evidências de fraudes e dos desvios de recursos públicos praticados em desfavor do município e da União, além de revelar outros envolvidos por ventura ainda não identificados.
Mulher que se passava por outra para receber benefícios governamentais
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, a Operação Em Busca da Verdade, com o objetivo de esclarecer a real identidade de uma mulher, residente no município, acusada de apropriar-se da identidade de outra pessoa do Paraná.
As investigações apontam que a suspeita utilizava o artifício criminoso para a obtenção de benefícios governamentais indevidos e para a prática de outros atos da vida civil, com o uso de documentos especialmente forjados para a nova identidade.
As averiguações começaram em 2022 no Paraná, a partir de denúncia da vítima à Caixa Econômica Federal. A instituição financeira coletou os indícios de fraude e ressarciu a denunciante.
Verificou-se que a residente no Paraná já foi impedida de votar, de sacar benefícios assistenciais que lhe teriam sido concedidos e teve outros direitos tolhidos devido à apropriação de seus dados qualificativos por terceira pessoa.
A Operação Em Busca da Verdade tem por objetivo a identificação de todas as fraudes perpetradas pela investigada com a apropriação da identidade da vítima, o levantamento dos prejuízos causados, além da compreensão das motivações que levaram à sua ocorrência.
Os policiais esperam robustecer a coleta de provas, visando a elucidar a verdadeira identidade da investigada; bem como, identificar a eventual participação de outras pessoas na perpetração das fraudes cometidas.