A Justiça determinou o bloqueio de R$ 300 milhões em bens que pertencem à organização criminosa investigada. Nesse contexto, diversos imóveis foram sequestrados, incluindo uma mansão cujo valor supera os R$ 100 milhões.
Por Redação, com ACS – do Rio de Janeiro
Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Federal deflagrou a Operação Fortuito 2 com o objetivo de combater uma estruturada organização criminosa, voltada para a prática de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Policiais federais cumpriram oito mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro (Barra da Tijuca e Campo Grande), Armação dos Búzios/RJ, Uberaba/MG e São José dos Campos/SP.
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 300 milhões em bens que pertencem à organização criminosa investigada. Nesse contexto, diversos imóveis foram sequestrados, incluindo uma mansão cujo valor supera os R$ 100 milhões. A deflagração de hoje é desdobramento da prisão em flagrante de uma mulher por posse ilegal de arma de fogo, ocorrida em maio de 2024.
Os investigados poderão responder pelos seguintes crimes: organização criminosa; lavagem de dinheiro; evasão de divisas; emitir valores imobiliários sem registro, laudo ou autorização; gestão fraudulenta; e operar instituição financeira sem autorização. Se somadas, as penas máximas superam os 50 anos de reclusão.
Venda ilegal de seguros
A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação Volatus, para desarticular associação criminosa com atuação na venda ilegal de seguros e lavagem de dinheiro. Ao todo, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Federal Criminal de Recife, nas cidades de Recife, Jaboatão dos Guararapes, Gravatá (PE) e também no Rio de Janeiro.
A associação criminosa alvo da operação teria sido constituída mediante fraude, como operadora de seguros, sob o comando de um servidor público federal que também teria aberto fraudulentamente, em nome de laranjas, duas oficinas mecânicas, utilizadas possivelmente para lavagem de dinheiro. Por meio do esquema, o proprietário oculto das empresas direcionaria para ele, dissimuladamente, parte dos valores percebidos a título de rateio por parte dos associados. Contra a seguradora pesam inúmeras reclamações e ações judicias indenizatórias.
Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, além do crime de fazer operar instituição financeira sem autorização legal e associação criminosa, cujas penas podem ultrapassar 20 anos de prisão. O afastamento de sigilos bancário e fiscal dos investigados foi deferido pela justiça.
A despeito de haver regulamentação recente da atividade operação de seguro veicular, por meio da Lei Complementar nº 213/2025, as diversas condutas fraudulentas praticadas pelos investigados continuam sendo previstas como ilícitos penais.