A ação é um desdobramento da operação Meia Noite, deflagrada em outubro do ano passado, quando policiais prenderam em flagrante, em Resende, um homem que possuía arquivos com cenas de exploração sexual infantil.
Por Redação, com ABr - de Brasília
A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira dois mandados de busca e apreensão dentro da segunda fase da operação Meia Noite, que investiga distribuição, através de aplicativos, de arquivos com cenas contendo abuso sexual de crianças e adolescentes. O material é compartilhado por grupos de WhatsApp.
Os mandados, expedidos pela Vara Estadual Criminal de Resende, no Rio de Janeiro, estão sendo cumpridos no município de Baixo Guandu, no Espírito Santo.
A ação é um desdobramento da operação Meia Noite, deflagrada em outubro do ano passado, quando policiais prenderam em flagrante, em Resende, um homem que possuía arquivos com cenas de exploração sexual infantil.
Operação Fuscus em Santa Catarina
Na manhã desta quinta-feira, a Polícia Federal, em conjunto com o Serviço de Auditoria do Ministério da Saúde, deflagrou a segunda fase da Operação Fuscus, para dar continuidade a investigações relacionadas a denúncias de desvios de recursos públicos destinados ao combate à pandemia de covid-19, em Santa Catarina.
Policiais federais deram cumprimento a 26 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Criciúma/SC, em endereços de órgãos públicos, empresas, servidores públicos e empresários nos municípios catarinenses de Sombrio, Araranguá, Passo de Torres, Jacinto Machado, Praia Grande, Timbé do Sul, São João do Sul e Camboriú. O cumprimento das medidas judiciais ocorre no âmbito da segunda fase da operação Fuscus.
A apuração dos fatos teve início em setembro de 2020, a partir de denúncia que apontava excesso no volume de aquisições e sobrepreços de produtos adquiridos por uma secretaria municipal de saúde. Em 05/11/2020 foi deflagrada a primeira fase da Operação Fuscus, que, naquele momento, investigava desvios da ordem de R$ 1,7 milhão. Mesmo após a deflagração da operação e as ações fiscalizatórias dos órgãos competentes, os investigados prosseguiram com as condutas suspeitas, o que motivou o prosseguimento das investigações e a consequente deflagração desta nova fase.
Supostas fraudes
Esta ação objetiva a colheita de provas de supostas fraudes na aquisição de medicamentos, insumos e EPIs que não teriam sido, no todo, entregues ao Poder Público, abrangendo também valores que deveriam ser destinados ao enfrentamento do atual estado de emergência decorrente da pandemia de covid-19 e foram empregados em finalidades diversas.
Busca-se, ainda, identificar a eventual participação de servidores públicos no esquema, bem como o destino dos recursos públicos envolvidos. O total das aquisições investigadas chega a aproximadamente R$ 6 milhões de reais, valor sobre o qual ainda será apurada a suposta parcela realizada fraudulentamente.
Caso comprovada a fraude, os investigados poderão responder pela prática dos crimes de organização criminosa, peculato e fraude ao caráter competitivo de licitações, cujas penas somadas podem chegar a 28 anos de prisão.