Na véspera do anúncio, o presidente Jair Bolsonaro havia dito em entrevista que a estatal deveria ter uma "boa notícia" sobre preços de combustíveis ainda nesta semana. Não é a primeira vez que Bolsonaro indica a possibilidade de reajustes, embora a estatal afirme que não antecipe as decisões a acionistas da estatal.
Por Redação - do Rio de Janeiro
A Petrobras anunciou, nesta quinta-feira, a redução de 7% nos preços da gasolina vendida em suas refinarias. Trata-se do quarto corte consecutivo desde meados de julho, acompanhando a queda da cotação do petróleo, neste período.
Segundo a estatal, o preço médio do combustível passará de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro, uma redução de R$ 0,25. Considerando que o produto vendido nos postos tem 27% de etanol, a Petrobras estima um repasse de R$ 0,18 por litro às bombas.
Na véspera do anúncio, o presidente Jair Bolsonaro havia dito em entrevista que a estatal deveria ter uma "boa notícia" sobre preços de combustíveis ainda nesta semana. Não é a primeira vez que Bolsonaro indica a possibilidade de reajustes, embora a estatal afirme que não antecipe as decisões a acionistas.
Volatilidade
O governo conta com a queda dos preços dos combustíveis para reverter danos à imagem provocados pela escalada inflacionária do início do ano. A Petrobras chegou a rever sua política de divulgação, emitindo comunicados sobre cortes nos preços de produtos que não eram divulgados antes.
Em nota distribuída nesta quinta, a estatal diz que o corte acompanha a evolução dos preços de referência e "é coerente com sua prática de preços, que busca o equilíbrio de preços mas sem o repasse imediato de volatilidades das cotações internacionais e da taxa de câmbio".
Dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) indicam que a gasolina vinha sendo negociada pelas refinarias brasileiras a valores superiores às cotações internacionais desde o fim de junho, com raros momentos de paridade e apenas um dia abaixo.
Na abertura do mercado desta quinta, o preço médio do combustível nas refinarias brasileiras estava R$ 0,36 por litro mais caro do que a paridade de importação, conceito usado pela estatal em sua política de preços.