A decisão foi divulgada no lançamento do programa ‘ProFloresta+’, uma iniciativa voltada à geração de créditos de carbono com foco na região amazônica. Chambriard destacou, ainda, os impactos positivos da política de preços atual da Petrobras.
Por Redação – do Rio de Janeiro
No seminário realizado nesta segunda-feira ao lado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, anunciou uma nova redução no preço do diesel vendido às distribuidoras. A estatal cortará R$ 0,17 por litro, o que representa uma queda de 4,6% no valor cobrado anteriormente. A medida, segundo economistas ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil, tem impacto direto nos índices inflacionários.

A decisão foi divulgada no lançamento do programa ‘ProFloresta+’, uma iniciativa voltada à geração de créditos de carbono com foco na região amazônica. Chambriard destacou, ainda, os impactos positivos da política de preços atual da Petrobras.
Atualmente, o preço do diesel está 29% mais barato do que estava no governo Jair Bolsonaro (PL), afirmou a executiva. E acrescentou que o querosene de aviação teve queda de 36% no mesmo período, enquanto a gasolina está 11% mais em conta.
Dados do BC
Segundo a presidente da estatal, a política de “abrasileiramento” dos preços dos combustíveis — promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — está trazendo benefícios concretos à população.
— A Petrobras está comprometida com a sociedade brasileira — acrescentou Chambriard.
Ainda em relação ao quadro econômico, o Banco Central divulgou, nesta manhã, a previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia em 2025, no Boletim Focus. A pesquisa é realizada semanalmente com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Expansão
Para este ano, a estimativa para o crescimento da economia caiu de 1,98% para 1,97%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país – foi mantida em 1,6%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2% para os dois anos.
Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021 quando o PIB alcançou 4,8%.
A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,92 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 6.
Inflação
A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – para 2025 foi mantida em 5,65% nesta edição do Boletim Focus. Para 2026, a projeção da inflação ficou em 4,5%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,78%, respectivamente.
A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
Puxada pela alta da energia elétrica, em fevereiro a inflação oficial ficou em 1,31%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior resultado desde março de 2022 quando tinha marcado 1,62%, e o mais alto para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%). Em 12 meses, o IPCA soma 5,06%.