Um painel de três juízes decidiu que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) subestimou significativamente os riscos relacionados ao uso da substância dicamba, que é aplicado em pesticidas da Bayer e de rivais.
Por Redação, com Reuters - de Washington
O grupo alemão de agroquímicos Bayer teve proibidas as vendas de seu pesticida com base em decisão da Justiça norte-americana, após um tribunal de recursos ter rejeitado uma autorização regulatória federal para o produto.
Um painel de três juízes decidiu que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) subestimou significativamente os riscos relacionados ao uso da substância dicamba, que é aplicado em pesticidas da Bayer e de rivais.
Grupos ambientalistas, que entraram com ação em 2018, pediam que a Justiça forçasse a EPA a cancelar a aprovação para o produto XtendiMax, da Monsanto, à base de dicamba, alegando que ele não apenas danifica culturas próximas e plantas, mas também afeta animais.
Novo registro
A Bayer herdou essas e outras disputas judiciais há dois anos, como resultado de sua aquisição da Monsanto por US$ 63 bilhões. A decisão judicial também proíbe a venda de outros pesticidas com base em dicamba, como o Engenia, da Basf, e o FeXapan, da Corteva Agroscience.
Bayer e Basf disseram que não concordam com o julgamento, realizado na quarta-feira.
A Bayer disse que a decisão está relacionada ao registro junto à EPA de 2018, que expira em dezembro e que está trabalhando para obter um novo registro da agência para o pesticida, para de 2021 em diante.
A EPA já havia imposto restrições ao uso de dicamba em 2018, por preocupações sobre potenciais danos a culturas próximas àquelas em que ele é aplicado.