Os peruanos ainda esperavam que seu próximo presidente fosse confirmado na manhã desta segunda-feira, mais de uma semana após um segundo turno polarizado, e o socialista Pedro Castillo se agarra a uma vantagem pequena que inclinaria o país com força para a esquerda.
Por Redação, com Reuters - de Lima
Os peruanos ainda esperavam que seu próximo presidente fosse confirmado na manhã desta segunda-feira, mais de uma semana após um segundo turno polarizado, e o socialista Pedro Castillo se agarra a uma vantagem pequena que inclinaria o país com força para a esquerda. A contagem de votos, que está travada desde sábado em 99,935%, mostrou o ex-professor com 50,14%, menos de 50 mil votos adiante da rival de direita Keiko Fujimori, que faz alegações de fraude com poucas provas. Castillo, de 51 anos, pouco conhecido antes da vitória inesperada no primeiro turno de abril, abala a elite política e empresarial do país andino rico em cobre com seus planos de reescrever a Constituição e elevar acentuadamente os impostos sobre a mineração. Ele diz que os peruanos já "escolheram seu caminho", e seu partido de esquerda Peru Livre canta vitória, apesar de as tentativas de Keiko de anular alguns votos contrários estarem adiando a confirmação oficial do resultado. Ainda não está claro quando a comissão eleitoral do país anunciará formalmente o vencedor, mas Castillo pede que a contagem seja encerrada logo para acabar com a incerteza. Keiko, de 46 anos, herdeira de uma família política poderosa e filha do ex-presidente Alberto Fujimori, que está preso por corrupção e abusos de direitos humanos, promete continuar lutando até o último voto ser computado.