Domingo, 10 de Fevereiro de 2019 às 16:49, por: CdB
A tragédia, no CT rubro-negro, deixou dez meninos com idades entre 14 e 17 anos e deixou três feridos, um deles em estado grave.
Por Redação - do Rio de Janeiro
Peritos da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro investigam a presença de material proibido nos alojamentos do Centro Técnico (CT) do Flamengo, que queimou neste sábado. Os técnicos forenses que trabalham no Ninho do Urubu apuram se a estrutura dos contêineres incendiados continham poliuretano, a mesma substância altamente inflamável que serviu de combustível no incêndio da Boate Kiss, em 2013, no interior do Rio Grande do Sul.
A tragédia, no CT rubro-negro, deixou dez meninos com idades entre 14 e 17 anos e deixou três feridos, um deles em estado grave. Em sua página na Internet, a empresa NHJ, que instalou o contêineres no Ninho do Urubu, informa que utiliza o poliuretano injetado no meio dos painéis que, segundo empresa, são de chapas de aço, dos dois lados.
Boate Kiss
Os peritos, segundo relatório vazado para a mídia conservadora, teriam encontrado restos de espuma queimada em parte dos painéis, instalados como se fossem paredes. Até o momento, no entanto, a NHJ não respondeu se o módulo que pegou fogo tinha a mesma composição.
O poliuretano é uma mistura de elementos químicos que se transformam em espuma rígida após a instalação, impedindo a passagem de som e do calor. O material é altamente inflamável e sua fumaça carrega gases tóxicos.
Em janeiro de 2013, a Boate Kiss, em Santa Maria (RS) usava placas com espuma de poliuretano em sua estrutura. Com a liberação de gases tóxicos, como o cianeto, o monóxido de carbono e o dióxido de carbono, o fogo se alastrou em poucos minutos e matou 242 pessoas e deixou quase 700 feridos.