Um memorando na noite passada do chefe de gabinete do Secretário de Defesa Pete Hegseth referiu-se a “recentemente divulgações não autorizadas” de tais informações, mas não forneceu detalhes sobre supostos vazamentos.
Por Redação, com AP – de Washington
Agentes de inteligência do Pentágono iniciaram, neste sábado, a investigação do que dizem ser os maiores vazamentos de informações de segurança nacional dos últimos anos, nos EUA. O pessoal do Departamento de Defesa pode enfrentar polígrafos no mais recente inquérito do tipo feito pela administração Trump.
Um memorando na noite passada do chefe de gabinete do Secretário de Defesa Pete Hegseth referiu-se a “recentemente divulgações não autorizadas” de tais informações, mas não forneceu detalhes sobre supostos vazamentos. Mais cedo, o presidente Donald Trump rejeitou relatos de que o conselheiro Elon Musk seria informado sobre como os Estados Unidos lutariam uma hipotética guerra com a China.
“Se esse esforço resultar em informações que identifiquem uma parte responsável por uma divulgação não autorizada”, então tais informações “serão encaminhadas à entidade criminosa apropriada para processo criminal”, diz o memorando.
Mentiras
No Departamento de Segurança Interna, a secretária Kristi Noem prometeu neste mês intensificar os testes de detector de mentiras em funcionários, em um esforço para identificar aqueles que podem estar vazando informações sobre as operações para a mídia.
O Departamento de Justiça anunciou o início de uma investigação sobre “o vazamento seletivo de informações imprecisas, mas ainda assim classificadas” de agências de inteligência sobre a Tren de Aragua, uma gangue venezuelana cujos membros nos Estados Unidos têm sido alvos de remoção pelo governo republicano.
Vazamentos ocorrem em todas as administrações — e autoridades governamentais podem ser a fonte — como um balão de ensaio para testar como uma possível decisão política será recebida.
Interrogatório
Embora exames de polígrafo normalmente não sejam admissíveis em processos judiciais, eles são frequentemente usados por agências federais de aplicação da Lei e para autorizações de segurança nacional. Em 1998, a Suprema Corte decidiu que eles também eram inadmissíveis em processos de justiça militar.
Eles são inadmissíveis porque não são confiáveis e frequentemente resultam em falsos positivos, disse George Maschke, um ex-interrogador do Exército e oficial de inteligência da reserva que fundou o AntiPolygraph.org. Mashke falhou em um polígrafo quando se candidatou ao FBI.
Mas eles têm sido usados intermitentemente desde a década de 1990 para intimidar e assustar fontes de falar com repórteres, disse Maschke. Um relatório do Pentágono de 1999 disse que estava expandindo o programa para usar polígrafos em pessoal de defesa “se informações confidenciais às quais eles tiveram acesso vazaram”.
