Em fevereiro passado, milhares de artistas e instituições culturais italianas enviaram uma carta à Bienal de Veneza para pedir a exclusão de Israel do evento por causa das "atrocidades contra os palestinos em Gaza", medida que foi refutada pelos organizadores.
Por Redação, com ANSA - de Veneza
O pavilhão de Israel na 60ª Bienal de Arte de Veneza, que acontece entre 20 de abril e 24 de novembro, permanecerá fechado enquanto não houver um cessar-fogo na Faixa de Gaza e os reféns sequestrados pelo Hamas nos atentados terroristas de 7 de outubro não forem libertados.
O anúncio apareceu na manhã desta terça-feira em um cartaz exposto do lado de fora do pavilhão.
– Essa é uma escolha de solidariedade com as famílias dos reféns e a grande comunidade de Israel que pede uma mudança – explicou Ruth Patir, curadora do espaço.
– Como artista e educadora, rejeito fortemente o boicote cultural, mas tenho grande dificuldade em apresentar um projeto que fala de vulnerabilidade da vida em um momento em que não há respeito por ela – acrescentou.
Curador da Bienal de Arte
O brasileiro Adriano Pedrosa, curador da Bienal de Arte neste ano, disse respeitar a iniciativa dos artistas do pavilhão israelense. "É uma decisão muito corajosa", afirmou.
Em fevereiro passado, milhares de artistas e instituições culturais italianas enviaram uma carta à Bienal de Veneza para pedir a exclusão de Israel do evento por causa das "atrocidades contra os palestinos em Gaza", medida que foi refutada pelos organizadores.