Com o esvaziamento, a agremiação partidária não atingiu a cláusula de barreira, dispositivo aprovado no Congresso que estabelece percentual mínimo de votos e de deputados eleitos para manter o acesso à propaganda partidária e ao fundo eleitoral. Os resultados tímidos impõem, assim, limitações para as próximas eleições.
10h39 - de Brasília
Apenas quatro anos depois de emergir das urnas como uma surpresa para a direita, o Partido Novo amargou queda expressiva em suas bancadas na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas, no encerramento do primeiro turno das eleições. A legenda prepara-se para tempos mais difíceis, à frente.
Com o esvaziamento, a agremiação partidária não atingiu a cláusula de barreira, dispositivo que estabelece percentual mínimo de votos e de deputados eleitos para manter o acesso à propaganda partidária e ao fundo eleitoral. Os resultados tímidos impõem, assim, limitações para as próximas eleições.
Além de acesso restrito ao fundo partidário e ao tempo na TV, a sigla poderá ficar de fora dos debates eleitorais. Pela regra aplicada neste ano, cada partido precisaria eleger 11 deputados federais em pelo menos nove estados ou obter 2% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados.
Queda livre
A bancada do Novo, na Câmara, encolheu dos atuais oito deputados para três, a partir do ano que vem. Adriana Ventura (SP), Gilson Marques (SP) e Marcel van Hatten (RS) foram os representantes da legenda que tiveram êxito — os três foram reeleitos.
Cinco parlamentares da sigla venceram disputas estaduais e distritais. Dr. Maurício (MG), Felipe Camozzato (RS), Leo Siqueira (SP), Matheus Cadorin (SC) e Zé Laviola (MG) seguirão às Assembleias, em 2023. O número, contudo, é menos de metade dos 12 deputados eleitos há quatro anos. Somente na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o Novo, que tinha quatro deputados, agora vê sua bancada reduzida a apenas um parlamentar.