Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Parlamento do Irã aprova bloqueio do Estreito de Ormuz

Parlamento do Irã aprova bloqueio do Estreito de Ormuz em retaliação aos bombardeios dos EUA. Medida pode impactar 20% do petróleo global.

Domingo, 22 de Junho de 2025 às 12:31, por: CdB

O possível bloqueio é visto como uma forma de o governo iraniano retaliar os bombardeios dos Estados Unidos contra três principais usinas do programa nuclear do país persa.

Por Redação, com ANSA – de Teerã

Após os ataques dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã, o Parlamento do país persa aprovou neste domingo o fechamento do Estreito de Ormuz, um centro estratégico entre os Golfos Pérsico e de Omã para a passagem de quase um terço do petróleo mundial.

Parlamento do Irã aprova bloqueio do Estreito de Ormuz | Corredor marítimo é vital para indústria global de petróleo
Corredor marítimo é vital para indústria global de petróleo

A declaração foi feita neste domingo por Esmail Kosari, membro da comissão parlamentar de segurança nacional, citado pela agência russa de notícias Tass. Agora, a decisão final cabe ao Conselho Supremo de Segurança Nacional e ao aiatolá Ali Khamenei para a medida entrar em vigor.

Um eventual bloqueio no Estreito de Ormuz, considerado o corredor marítimo vital para a indústria global, interromperá o fluxo de cerca de 20% de todo o petróleo comercializado em todo o mundo.

A medida poderia levar a uma intervenção militar dos EUA, tendo em vista que, atualmente, a Quinta Frota do país norte-americano, estacionada no vizinho Barein, tem a tarefa de proteger o transporte comercial na área.

O possível bloqueio é visto como uma forma de o governo iraniano retaliar os bombardeios dos Estados Unidos contra três principais usinas do programa nuclear do país persa: Natanz, Fordow, que fica dentro de uma montanha, e Isfahan.

EUA

Para o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, fechar o Estreito de Ormuz seria “suicídio” para o Irã. “Toda a economia deles passa pelo Estreito de Ormuz. Por que fariam isso? Não acho que faça sentido”, acrescentou.

O vice de Trump destacou ainda que os Estados Unidos “não estão em guerra com o Irã, mas com o programa nuclear iraniano”.

Segundo ele, os ataques “atrasaram substancialmente” o desenvolvimento de armas nucleares.

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