Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Papa Francisco diz que aumento de gastos com defesa após Ucrânia é 'loucura'

Arquivado em:
Sexta, 25 de Março de 2022 às 07:10, por: CdB

Francisco afirmou a uma coalizão de mulheres que o conflito na Ucrânia é produto da "velha lógica de poder que ainda domina a chamada geopolítica". Segundo ele, a verdadeira resposta não está em mais armas e mais sanções.

Por Redação, com Reuters - da Cidade do Vaticano

O papa Francisco classificou, na quinta-feira, o aumento dos gastos de países ocidentais com defesa, após a invasão russa da Ucrânia, como "loucura". Para ele, uma solução deve ser encontrada para equilibrar o poder mundial.
papa-5.jpeg
Ele defende solução diferente para equilibrar poder mundial
Francisco afirmou a uma coalizão de mulheres que o conflito na Ucrânia é produto da "velha lógica de poder que ainda domina a chamada geopolítica". Segundo ele, a verdadeira resposta não está em mais armas e mais sanções. – Fiquei envergonhado quando li que um grupo de Estados se comprometeu a gastar 2% do Produto Interno Bruto [PIB] na aquisição de armas como resposta ao que está acontecendo agora. Loucura – disse Francisco. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tem a meta de 2% do PIB de cada Estado-membro para gastar em defesa. Muitos ficaram aquém nos últimos anos, causando contrariedade aos Estados Unidos. A Alemanha anunciou, no mês passado, que aumentaria drasticamente os gastos com defesa para mais de 2% do PIB, em uma mudança de política provocada pelo conflito na Ucrânia.

Potências militares da Europa

Uma das maiores potências militares da Europa, a França disse que atingirá a meta de gastos de 2% da Otan, pretendida pelos Estados Unidos neste ano. Outros países europeus também decidiram aumentar os gastos em vários níveis. A Itália está no meio de acalorado debate político sobre os aumentos propostos. Francisco defendeu "uma maneira diferente de governar o mundo globalizado, não mostrando os dentes, como é feito agora, mas estruturando as relações internacionais". Ele não fez nenhuma sugestão sobre como isso poderia ser feito. Desde o início da guerra, o papa tem criticado implicitamente Moscou, condenando o que chama de "agressão injustificada" e denunciando "atrocidades", mas não citando a Rússia especificamente.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo