Nas últimas semanas, milhares de imigrantes desembarcaram na ilha de Lampedusa, fazendo a União Europeia a adotar um plano para ajudar a Itália a administrar a rota migratória.
Por Redação, com ANSA - de Paris
O papa Francisco embarcou na manhã desta sexta-feira para Marselha, no sudeste da França, para fazer um novo alerta sobre a crise migratória no mar Mediterrâneo, no momento em que a Itália vive uma situação dramática com novas chegadas na ilha de Lampedusa.
– É uma crueldade, uma terrível falta de humanidade. Eles os mantêm nos campos de concentração líbios e depois os jogam no mar – declarou o Pontífice olhando para a foto de uma mãe migrante com seu filho. "Em Marselha, espero ter a coragem de dizer tudo o que quero dizer".
O religioso partiu do aeroporto Leonardo Da Vinci, às 14h45 (horário local) e chegou na cidade francesa por volta das 16h15, para participar dos "Encontros do Mediterrâneo".
Francisco foi recebido pela primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, e seguirá para a Basílica de Notre-Dame de la Garde, onde prestará uma homenagem aos imigrantes mortos no mar.
Após a oração, ele visitará um memorial para apelar pelo acolhimento dos imigrantes.
Esta é a 44ª viagem de Jorge Bergoglio desde o início de seu pontificado e a quinta de 2023 realizada fora da Itália e acontece no momento em que a Itália tem vivido uma nova crise migratória.
Lampedusa
Nas últimas semanas, milhares de imigrantes desembarcaram na ilha de Lampedusa, fazendo a União Europeia a adotar um plano para ajudar a Itália a administrar a rota migratória.
Antes de deixar o país, o papa enviou um telegrama ao presidente da Itália, Sergio Mattarella, reforçando seu "objetivo de refletir sobre os desafios do acolhimento, da integração e da fraternidade, para favorecer o diálogo intercultural e promover caminhos de paz".