Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Papa chega ao Congo em meio a conflito no leste do país

Francisco é o primeiro papa a visitar o Congo desde João Paulo II em 1985, quando ainda era conhecido como Zaire. Cerca da metade dos 90 milhões de habitantes do Congo são católicos romanos.

Terça, 31 de Janeiro de 2023 às 11:16, por: CdB

Francisco é o primeiro papa a visitar o Congo desde João Paulo II em 1985, quando ainda era conhecido como Zaire. Cerca da metade dos 90 milhões de habitantes do Congo são católicos romanos.

Por Redação, com Reuters - de Kinshasa

O papa Francisco desembarcou na República Democrática do Congo nesta terça-feira para uma visita que destacará o custo humano de décadas de conflito no vasto país da África Central, que é rico em minerais, mas onde milhões estão deslocados e vivem na pobreza.

papa-4.jpg
O papa Francisco desembarcou na República Democrática do Congo

Francisco é o primeiro papa a visitar o Congo desde João Paulo II em 1985, quando ainda era conhecido como Zaire. Cerca da metade dos 90 milhões de habitantes do Congo são católicos romanos.

– É a primeira vez que o vejo sem ser pela televisão. É um momento de alegria – disse Alain Difima, um padre católico que passou horas esperando a chegada do papa no aeroporto.

Após uma cerimônia de boas-vindas e um encontro com o presidente Felix Tshisekedi, o pontífice de 86 anos fará um discurso para autoridades, diplomatas e representantes da sociedade civil.

Nesta quarta-feira, ele celebrará uma missa e se encontrará com vítimas da violência no leste do país, marcado por confrontos recorrentes entre rebeldes do grupo M23 e tropas do governo.

– Eu queria ir para Goma, mas não podemos por causa da guerra – disse o papa a repórteres durante seu voo, referindo-se a uma cidade no leste do Congo que ele originalmente planejava visitar antes que a parada fosse cancelada por causa dos combates na região.

Congo

O Congo tem alguns dos depósitos mais ricos do mundo em diamantes, ouro, cobre, cobalto, estanho, tântalo e lítio, mas seus abundantes recursos minerais têm alimentado conflitos entre milícias, tropas do governo e invasores estrangeiros. A mineração também tem sido associada à exploração desumana dos trabalhadores e à degradação ambiental.

O leste do Congo também foi atormentado pela violência ligada às longas e complexas consequências do genocídio de 1994 na vizinha Ruanda.

Edições digital e impressa