A empresa panamenha Measurement Systems S. de R.L. escreveu código que permite recolher dados de usuários para uma empresa de Defesa nos EUA que realiza ciberinteligência, defesa de rede e intercepção de inteligência para agências de segurança nacional norte-americana.
Por Redação, com Sputnik - de Washington
Uma investigação publicada no jornal The Wall Street Journal aponta a empresa Measurement Systems, do Panamá, como tendo implantado código que rastreia a atividade de usuários através de vários aplicativos.
A empresa panamenha Measurement Systems S. de R.L. escreveu código que permite recolher dados de usuários para uma empresa de Defesa nos EUA que realiza ciberinteligência, defesa de rede e intercepção de inteligência para agências de segurança nacional norte-americana, escreveu na quarta-feira o jornal The Wall Street Journal (WSJ).
O código, segundo o trabalho de dois pesquisadores, foi incorporado principalmente em aplicativos de Android, e executado em milhões de dispositivos. Ele foi descoberto em vários aplicativos de orações islâmicas, um aplicativo de detecção de armadilhas na estrada, um aplicativo de leitura de QR Code, e outros.
O Google removeu em 25 de março da loja Google Play os aplicativos que continham o código de rastreamento, mas eles podem voltar a ser incluídos desde que o algoritmo malicioso seja removido, de acordo com o WSJ.
O domínio de Internet da Measurement Systems teria sido registrado em 2013 pela Vostrom, uma empresa da Virgínia contratada pelo governo dos EUA através de uma subsidiária, a Packet Forensics LLC.
Acusações
A empresa do Panamá refuta todas as acusações de que recolheu dados de usuários através da inserção do software em vários aplicativos, e se recusou a responder a perguntas sobre a razão de seu domínio ter sido registrado pela Vostrom, indica o artigo do jornal.
O WSJ também descobriu que a Measurement Systems pagou entre US$ 100 (R$ 470.43) e US$ 10.000 (R$ 47.043) por mês para os desenvolvedores que concordaram em incluir o código de rastreamento nos seus aplicativos de software, e prometeu que ele recolhe "informação não pessoal dos usuários do aplicativo".