Brekelmans confirmou oficialmente, pela primeira vez, que seu país entregou o primeiro lote de caças F-16 a Kiev, dos 24 prometidos, e que o restante vai ser enviado nos próximos meses.
Por Redação, com Sputnik – de Londres
Os Países Baixos permitem que a Ucrânia use os caças F-16 que forneceu a Kiev, inclusive para ataques contra alvos militares na Rússia, disse o ministro da Defesa holandês, Ruben Brekelmans, nesta quinta-feira.
Na semana passada, Brekelmans confirmou oficialmente, pela primeira vez, que seu país entregou o primeiro lote de caças F-16 a Kiev, dos 24 prometidos, e que o restante vai ser enviado nos próximos meses.
Nesta quinta-feira, ao chegar para uma reunião dos ministros da Defesa dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o ministro holandês disse que a Ucrânia deve cumprir o direito internacional.
Porém, segundo ele, o direito internacional não restringe o uso de caças no território fronteiriço e a 100 km da fronteira.
– É por isso que permitimos que a Ucrânia use os F-16 para autodefesa. E a autodefesa pode exigir a interceptação de mísseis ou ataques, por exemplo, contra aeródromos na Rússia, ou seja, contra alvos militares. E isso também pode ser feito no território russo ou no espaço aéreo russo – disse o ministro.
Os Países Baixos já forneceram à Ucrânia:
Cerca de 60 tanques soviéticos T-72;
Mais de 200 veículos de combate de infantaria YPR de vários tipos;
Cerca de 100 tanques Leopard 1 junto com a Dinamarca e a Alemanha;
Ao menos 14 tanques Leopard 2 reparados junto com a Dinamarca;
Oito peças de artilharia PzH2000;
Dois sistemas de mísseis terra-ar Patriot;
mais de 500 drones.
Além disso, Kiev recebeu da Haia mísseis, morteiros, rifles, metralhadoras e vários tipos de munição desde o início da operação especial russa.
Militares e especialistas russos estão monitorando de perto o uso de armas na Ucrânia e registraram o envolvimento direto do Ocidente, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que os Estados Unidos e a Otan estão diretamente envolvidos no conflito, não apenas fornecendo armas, mas também treinando pessoal militar ucraniano no território do Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países.