O país pode contar com o Correio do Brasil agora, sempre e tanto
É em respeito aos leitores do Correio do Brasil que me proponho a fazer um brevíssimo balanço da rotina de sobressaltos que é editar um jornal, nos ambientes impresso, digital e online, todos os dias, de segunda a sexta-feiras, com o propósito tão somente de servir como intérprete fiel da realidade em que vivemos.
É em respeito aos leitores do Correio do Brasil que me proponho a fazer um brevíssimo balanço da rotina de sobressaltos que é editar um jornal, nos ambientes impresso, digital e online, todos os dias, de segunda a sexta-feiras, com o propósito tão somente de servir como intérprete fiel da realidade em que vivemos.
Por Gilberto de Souza - do Rio de Janeiro
Minha vontade era deixar passar. Mais um ano, entre tantos. Vinte e dois, para ser exato. Dizer o que, diante o cenário devastado da sociedade brasileira, oprimida, opressora? Mas essa tênue chama democrática, corajosa e tenaz que, ao cair da noite, ilumina há mais de 8 mil edições um público igualmente desperto, merece ser destacada, em seu 22º ano.
Há 22 anos, o Correio do Brasil chega aos leitores, diariamente, sempre no fim da tarde
É em respeito aos leitores do Correio do Brasil que me proponho a fazer um brevíssimo balanço da rotina de sobressaltos que é editar um jornal, nos ambientes impresso, digital e online, todos os dias, de segunda a sexta-feiras, com o propósito tão somente de servir como intérprete fiel da realidade em que vivemos. Um diário dedicado às contradições, ao senso de Justiça e ao dissenso perene entre as forças retrógradas e progressistas que regem a nação.
Em duas décadas, a posição de observador privilegiado dos fatos, graças aos repórteres, redatores, editores e correspondentes que integram as páginas do CdB, confere ao noticiário impresso a certeza de uma existência objetiva, direta, sem rodeios ou meias palavras. Tão necessária, assim, nestes dias do realismo mágico que tanto aflige quem baseia a vida nos preceitos da ciência, do sincretismo, da diversidade.
Violência surda
Convenhamos, é memorável chegar inteiro aos 22 anos de circulação ininterrupta, depois de denunciar a hipocrisia de um candidato presidencial. Ser acusado pela mídia conservadora de publicar fake news sobre a intenção da Coca-Cola e da Nestlé de avançar sobre o Aquífero Guarani, quando os fatos se sobrepõem e, por sua seriedade, a notícia permanece em nossos arquivos. Único veículo de comunicação brasileiro a tratar Michel Temer, o vice da presidenta deposta Dilma Rousseff (PT), de “presidente de facto”, após o golpe de Estado de 2016. Um dos poucos a classificar o atual inquilino do Palácio do Planalto como o que ele é, na realidade, um "mandatário neofascista". Por essas e outras, enfrentamos um bloqueio econômico e financeiro apenas comparável ao dos EUA à nação cubana. Como diria um editor-chefe com quem tive a honra de trabalhar, saudades, o fato é, sem dúvida, “digno de nota”.
Mesmo se estivéssemos nos tempos do Barão de Itararé, a violência surda praticada contra o velho Correio do Brasil seria, e é, inconcebível. Não que o jornal seja sensacionalista, irresponsável ou abuse nos títulos. Ao contrário. O CdB é um diário até muito sisudo, por vezes até mal humorado, com uma pauta humanista e a opinião, certamente de esquerda. Exatamente por isso, e pela resiliência que brilhou nos olhos dos combatentes soviéticos durante a Batalha de Leningrado, contra o nazismo, este jovem em plena maioridade impõe respeito. Nunca estivemos aqui para brincadeira.
Em 2022 e sempre, caríssimos leitores, orgulhem-se de ter entre suas fontes de (boa) informação o Correio do Brasil. Enquanto estivermos por aqui, vamos exercer o posto de guardiões da democracia e da verdade dos fatos, queiram ou não queiram os donos de pequenos e grandes poderes.
Um Feliz Ano Novo a todos.
Gilberto de Souza é jornalista, editor-chefe do jornal Correio do Brasil.