Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

No país de Guedes, economia cresce no setor público; crise inexiste

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Sexta, 21 de Janeiro de 2022 às 12:13, por: CdB

Em ambiente eletrônico, na transmissão do Fórum Econômico Mundial, o ministro voltou a afirmar que o governo não permitiu que gastos emergenciais para enfrentar a crise sanitária se transformassem em despesas permanentes. Guedes afirmou que a variante Ômicron ainda está se espalhando, mas com indicativo de que é menos severa.

Por Redação - de Brasília
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira que o setor público consolidado encerrou 2021 com um pequeno superávit, ao argumentar que o país retornou ao controle fiscal após adotar medidas de enfrentamento à pandemia.
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Ministro da Economia, Paulo Guedes tem se isolado mais da realidade brasileira
— O déficit veio de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) para 10,5% (em 2020) e nós encerramos o ano (passado) com um pequeno superávit consolidado — disse, embora o quadro seja outro, com estagnação econômica, inflação descontrolada e desemprego acima dos 12%. Os dados oficiais para o resultado primário do setor público consolidado em 2021 ainda não foram apresentados. Guedes cometeu uma indiscrição, uma vez que divulgação pelo Banco Central está prevista para o dia 31.

Variante

Em ambiente eletrônico, na transmissão do Fórum Econômico Mundial, o ministro voltou a afirmar que o governo não permitiu que gastos emergenciais para enfrentar a crise sanitária se transformassem em despesas permanentes. Guedes afirmou que a variante Ômicron ainda está se espalhando, mas com indicativo de que é menos severa. Sem detalhar medidas específicas, ele ressaltou que o Brasil tem protocolo para situações desse tipo e está pronto para atacar. Ele não disse, contudo, que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), reforça diariamente a prática negacionista quanto à letalidade do vírus. Segundo ele, o país tem espaço fiscal e monetário para reagir em caso de nova onda de covid. Guedes disse acreditar que a inflação observada atualmente no mundo não é um fenômeno transitório. Na avaliação do ministro, os choques de oferta vão acabar, mas os países do Ocidente não poderão fazer mais a arbitragem observada nas últimas décadas, quando, segundo ele, milhões de eurasianos saíram da pobreza e ingressaram nas cadeias globais de trabalho. — Os bancos centrais estão dormindo ao volante — criticou, antes de afirmar que, agora com inflação, o mundo está de volta a uma situação de desaceleração sincronizada.
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