Segundo o PMA, 6 milhões de somalis, o que equivale a quase 40% da população nacional, já enfrentam níveis extremos de insegurança alimentar. No Quênia, 500 mil pessoas estão à beira da fome, especialmente em comunidades do norte do país, onde a dependência do gado é maior.
Por Redação, com ANSA - de Nova York
Cerca de 20 milhões de pessoas arriscam sofrer de inanição em 2022 por causa da grave seca que atinge Etiópia, Somália e Quênia, no Chifre da África.
O alerta foi feito nesta terça-feira pelo Programa Mundial de Alimentação das Nações Unidas, o PMA, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2020.
"O número de pessoas famintas devido à seca pode subir da estimativa atual de 14 milhões para 20 milhões ao longo de 2022", disse a agência da ONU.
Níveis extremos de insegurança
Segundo o PMA, 6 milhões de somalis, o que equivale a quase 40% da população nacional, já enfrentam níveis extremos de insegurança alimentar. No Quênia, 500 mil pessoas estão à beira da fome, especialmente em comunidades do norte do país, onde a dependência do gado é maior.
Já na Etiópia, a estiagem ameaça as populações do sul e do sudeste, enquanto o norte do país é palco de uma guerra entre forças do governo e rebeldes da região de Tigré há quase um ano e meio.
– Precisamos agir agora se quisermos evitar uma catástrofe humanitária – alertou o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) na União Africana, David Phiri.