Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

ONU diz que morte de cinegrafista por Israel viola direito internacional

Ele integrava comitiva que foi atacada em outubro no Líbano, ONU diz que profissionais eram “claramente identificáveis”. Segundo o porta-voz, o Exército de Israel “considera a liberdade de imprensa de extrema importância”, mas “esclarece que estar numa zona de guerra é perigoso”.

Quinta, 14 de Março de 2024 às 14:19, por: CdB

Ele integrava comitiva que foi atacada em outubro no Líbano, ONU diz que profissionais eram “claramente identificáveis”. Segundo o porta-voz, o Exército de Israel “considera a liberdade de imprensa de extrema importância”, mas “esclarece que estar numa zona de guerra é perigoso”.


Por Redação, com Poder360 - de Jerusalém


Investigação da UNIFIL (sigla em inglês para Força Interina das Nações Unidas no Líbano) indica que a morte do cinegrafista da agência inglesa de notícias Reuters Issam Abdallah, em 13 de outubro, violou o direito internacional. Ele foi morto no Líbano, na fronteira com Israel. O cinegrafista integrava um grupo de profissionais da imprensa que cobria o conflito.




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Ele integrava comitiva que foi atacada em outubro no Líbano

À Reuters teve acesso ao relatório da UNIFIL. No documento, a organização diz não ter registrado nenhuma troca de tiros na fronteira entre Israel e o Líbano por mais de 40 minutos antes de o tanque israelense abrir fogo contra o grupo de “jornalistas claramente identificáveis”.


“Os disparos contra civis, neste caso contra jornalistas claramente identificáveis, constituem uma violação da Resolução 1701 (2006) do CSNU e do direito internacional”, diz o relatório, referindo-se à resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). “O motivo dos ataques aos jornalistas não é conhecido”, acrescenta.



Guerra


A resolução 1701 foi adotada em 2006 para pôr fim à guerra entre Israel e os combatentes libaneses do Hezbollah. Forças da ONU foram destacadas para monitorar a região.


À Reuters, o porta-voz das FDI (Forças de Defesa de Israel), Nir Dinar, disse que o Hezbollah atacou militares israelenses em 13 de outubro, que revidaram. Ele declarou que as FDI “não disparam deliberadamente contra civis, incluindo jornalistas”.


Segundo o porta-voz, o Exército de Israel “considera a liberdade de imprensa de extrema importância”, mas “esclarece que estar numa zona de guerra é perigoso”. Dinar afirmou que Israel continua investigando o incidente.




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