Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

OMS manifesta preocupação com surto de doenças respiratórias na China

Arquivado em:
Quinta, 23 de Novembro de 2023 às 13:52, por: CdB

As autoridades destacaram a necessidade de maior vigilância das doenças nas instalações de saúde e em ambientes comunitários, bem como de reforço na capacidade do sistema para atender pacientes.


Por Redação, com RTP e ABr - de Genebra/Pequim/Rio de Janeiro


A Organização Mundial da Saúde (OMS) manifestou-se preocupada nesta quinta-feira com o aumento das infecções respiratórias e o aparecimento de surtos de pneumonia em crianças na China. A instituição pediu ao país informações detalhadas sobre os casos.




chinaoms.jpeg
Organização pediu informações detalhadas sobre casos

Em comunicado, a OMS lembra que, em entrevista no dia 13 de novembro, as autoridades chinesas da Comissão Nacional de Saúde relataram aumento na incidência de doenças respiratórias no país.


Na ocasião, as autoridades atribuíram o aumento ao levantamento das restrições relativas à pandemia de covid-19 e à circulação de agentes patogênicos conhecidos, como o da gripe, o Mycoplasma pneumoniae (infecção bacteriana comum que normalmente afeta crianças mais novas), o vírus sincicial respiratório (RSV) e o SARS-CoV-2, que causa a covid.


As autoridades destacaram a necessidade de maior vigilância das doenças nas instalações de saúde e em ambientes comunitários, bem como de reforço na capacidade do sistema para atender pacientes.


No início desta semana, a comunicação social e o sistema de vigilância ProMED relataram surtos de pneumonia não diagnosticada em crianças no Norte da China, diz a nota da OMS, acrescentando que não está claro ainda se esses casos estão associados ao aumento de infecções respiratórias, anteriormente relatado pelas autoridades chinesas, ou se se trata de eventos separados.



Informações epidemiológicas


No comunicado, a OMS informa que pediu informações epidemiológicas e clínicas adicionais, bem como resultados laboratoriais desses casos notificados entre crianças, por meio do regulamento sanitário internacional.


"Solicitamos também mais informações sobre as tendências recentes na circulação de agentes patogênicos conhecidos, incluindo gripe, SARS-CoV-2, RSV e Mycoplasma pneumoniae, e a carga atual sobre os sistemas de saúde", diz a OMS, que está "em contato com médicos e cientistas por meio de parcerias técnicas e das redes (de vigilância) na China".


Desde meados de outubro, o Norte da China relatou aumento de doenças semelhantes à gripe, em comparação com o mesmo período dos três anos anteriores, e que o país dispõe de sistemas para recolher informações sobre tendências na gripe, doenças semelhantes à gripe, VSR e SARS-CoV-2 e elaborar relatórios para plataformas como o Sistema Global de Vigilância e Resposta à Gripe.


Enquanto aguarda informação adicional, a OMS recomenda à população chinesa que cumpra medidas para reduzir o risco de doenças respiratórias, entre elas vacinação, manutenção da distância de pessoas doentes, ficar em casa quando estiver doente, fazer exames e receber cuidados médicos conforme necessário, usar máscaras, garantir boa ventilação e lavar as mãos de forma regular.



Síndromes respiratórias têm maior impacto em idosos e crianças


O Boletim Infogripe divulgado nesta quinta-feira pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reforça o alerta de que as síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) causadas por vírus provocam maiores impactos na saúde de crianças e idosos brasileiros.


A Fiocruz informa que, enquanto a incidência de SRAG apresenta impacto mais elevado nas crianças até dois anos de idade, em termos de mortalidade ocorre o inverso, com a população a partir de 65 anos sendo a mais impactada.


De acordo com o InfoGripe, os casos de SRAG em crianças estão associados a diferentes vírus respiratórios, como o rinovírus, o Sars-CoV-2 (Covid-19), o vírus sincicial respiratório (VSR) e o adenovírus. Nos idosos, as ocorrências são principalmente em consequência do Sars-CoV-2.


Apesar disso, os dados por faixa etária apontam interrupção na tendência de crescimento de SRAG viral na população adulta e queda em crianças e adolescentes, o que se deve principalmente à queda ou estabilização nos casos associados à covid-19 em estados das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul


Os dados levantados pelo Infrogripe são referentes ao período de 12 a 18 de novembro, e a atualização do boletim tem como base os dados os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 20 de novembro.


A prevenção à coivid-19 é gratuita e pode ser obtida por todos os cidadãos nos postos de saúde por meio da vacinação. Desde o início da circulação da variante Ômicron no país, em 2022, doses de reforço são consideradas indispensáveis para a proteção completa, especialmente as da vacina bivalente.




Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo