Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

OMS alerta sobre surtos de doenças no Líbano

Arquivado em:
Terça, 08 de Outubro de 2024 às 14:44, por: CdB

As forças israelenses iniciaram operações terrestres no sudoeste do Líbano, aumentando o conflito de um ano com o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã.

Por Redação, com Reuters – de Beirute

Um representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta terça-feira sobre surtos de doenças no Líbano devido às condições de aglomeração nos abrigos e ao fechamento de hospitais, à medida que os médicos fogem do ataque de Israel.

libano.jpg
Até agora, cinco hospitais fecharam e quatro funcionam parcialmente

As forças israelenses iniciaram operações terrestres no sudoeste do Líbano, aumentando o conflito de um ano com o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã, que já matou mais de mil pessoas nas últimas duas semanas e provocou fuga em massa.

– Estamos enfrentando uma situação em que há um risco muito maior de surtos de doenças, como diarreia aquosa aguda, hepatite A e várias doenças que podem ser evitadas com vacinas – disse Ian Clarke, gerente adjunto de Incidentes da OMS para o Líbano, em uma entrevista em Genebra, por meio de um link de vídeo a partir de Beirute.

A agência de saúde da ONU avisou que o sistema está sobrecarregado e, até o momento, cinco hospitais do país fecharam e quatro estão funcionando apenas parcialmente.

Clarke acrescentou que os hospitais foram fechados porque os médicos fugiram dos combates ou foram orientados a sair pelas autoridades libanesas.

Programa Mundial de Alimentos

Na mesma entrevista, um funcionário do Programa Mundial de Alimentos (PMA) expressou preocupação com a capacidade do Líbano de se alimentar, dizendo que milhares de hectares de terras agrícolas no sul do país foram queimados ou abandonados em meio à escalada de hostilidades.

– Em termos de agricultura e produção de alimentos, há uma preocupação extraordinária com a capacidade do Líbano de continuar a se alimentar – afirmou Matthew Hollingworth, diretor nacional do PMA no Líbano, acrescentando que as colheitas não ocorrerão e que os produtos estão apodrecendo nos campos.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo