Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Novos bombardeios com drones provocam apagões em Kiev

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Segunda, 19 de Dezembro de 2022 às 08:34, por: CdB

Os bombardeios contra plantas energéticas e infraestruturas civis do tipo estão sendo realizados de maneira sistêmica pela Rússia há meses e visam deixar a população sem ter como se aquecer durante o rigoroso inverno que se inicia daqui dois dias.

Por Redação, com ANSA - de Kiev

Uma série de novos ataques da Rússia contra Kiev, capital da Ucrânia, deixou a cidade sem energia elétrica nesta segunda-feira, informam as autoridades locais. Ao menos três pessoas ficaram feridas na região da capital.

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Ao menos 3 pessoas ficaram feridas em ações com drones

Além de Kiev, outras 10 áreas enfrentam problemas energéticos por conta da ação militar russa e, entre elas, estão Kharkiv, Cherkassy, Donetsk, Dnipro e Zaporizhia.

Conforme dados da defesa aérea ucraniana, foram abatidos 30 dos 35 drones iranianos Shahed 136 e 131 que entraram no país por meio de lançamentos de bases russas no Mar de Azov.

O principal conselheiro da Presidência, Mykhailo Podolyak, afirmou que a Ucrânia "não vai se render" aos ultimatos da Rússia e aos seus ataques à infraestruturas civis.

Os bombardeios contra plantas energéticas e infraestruturas civis do tipo estão sendo realizados de maneira sistêmica pela Rússia há meses e visam deixar a população sem ter como se aquecer durante o rigoroso inverno que se inicia daqui dois dias. Por conta disso, os países ocidentais estão enviando geradores e equipamentos para ajudar a Ucrânia a recompor sua estrutura de fornecimento de energia.

Por outro lado, a Rússia informou que abateu quatro mísseis do tipo Harm, de fabricação norte-americana, próximos à região de Belgrogod.

Ataque em Zaporizhia

A empresa ucraniana de energia nuclear Energoatom denunciou nesta segunda-feira que um drone iraniano estava sobrevoando a central nuclear de Zaporizhzhia e seus destroços caíram em uma área próxima à planta.

"É uma violação absolutamente inaceitável da segurança nuclear", disse o órgão em nota, cobrando que a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) consiga criar uma área de segurança próxima à central nuclear para evitar um desastre.

Desde os primeiros dias de conflito, no fim de fevereiro, Moscou e Kiev trocam acusações sobre quem é o autor dos ataques próximos à Zaporizhia. No início de março, a usina caiu sob controle militar russo, mas a operação continua sendo feita por operários ucranianos.

A central nuclear é a maior da Europa e tem seis reatores. No início da guerra, dois deles foram mantidos em funcionamento, mas nas últimas semanas, a estrutura não estava mais fornecendo energia para a Ucrânia.

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