O total de trabalhadores do país cresceu 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) em um ano. Considerando os dados da pesquisa, a taxa de desemprego de hoje é a metade da verificada em março de 2021, durante a pandemia de covid-19, quando ficou em 14,9%.
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,9% no trimestre entre abril e junho. Resultado tão baixo como este havia sido registrado pela última vez no trimestre encerrado em janeiro de 2015. No mesmo período, o número de trabalhadores ocupados no Brasil bateu recorde, chegando a 101,8 milhões.
O total de trabalhadores do país cresceu 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) em um ano. Considerando os dados da pesquisa, a taxa de desemprego de hoje é a metade da verificada em março de 2021, durante a pandemia de covid-19, quando ficou em 14,9%.
Também é 1,1 ponto percentual menor do que a verificada há um ano, quando estava em 8% e 1 ponto mais baixa do que no trimestre anterior, de janeiro a março. Naqueles três meses, o desemprego era de 7,9%.
Mercado
O índice foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Ela é medida pela Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua).
— Esses recordes de população ocupada não foram impulsionados apenas neste trimestre, mas são consequência do efeito cumulativo de uma melhoria do mercado de trabalho em geral — explicou a coordenadora de pesquisas domiciliares, Adriana Beringuy.
A população desocupada à procura de trabalho caiu para 7,5 milhões de pessoas, o menor desde fevereiro de 2015. Isso representa uma queda de 12,5% (menos 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e de 12,8% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano.
Rendimento
No trimestre encerrado em junho, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.214, com alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual. Com isso, a massa de rendimentos chegou a R$ 322,6 bilhões, novo recorde da série histórica.
“O aumento do rendimento está sendo impulsionado pela expansão do número de trabalhadores em diversas atividades. Essa expansão disseminada entre as diversas atividades econômicas é bastante importante, porque acaba beneficiando tanto os trabalhadores em ocupações de maior renda quanto aqueles de menor rendimento”, complementou Beringuy.
Desalentados
Já a população desalentada – aquela que desistiu de procurar trabalho – recuou para 3,3 milhões, baixando ao menor número encerrado em junho de 2016. O número é 9,6% menor (menos 345 mil pessoas) do que no trimestre passado e 11,5% (menos 422 mil pessoas) do que há um ano. Com isso, o percentual de desalentados baixou a 2,9% do total da força de trabalho.
Para a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “a redução do desalento pode estar relacionada à melhoria das condições do mercado de trabalho como um todo, possibilitando que esse contingente retorne para a força de trabalho. E como estamos vendo uma redução da população desocupada, essa redução do desalento provavelmente está sendo proporcionada pelo aumento da ocupação”.