Isso é o que mostra uma pesquisa do Instituto Pólis, que cruzou dados do Observatório de Remoções da USP com as taxas de mortalidade por covid na capital entre 2020 e 2021, e com informações do Censo Demográfico do IBGE de 2010.
Por Redação, com RBA - de São Paulo
A população de negros e as famílias chefiadas por mulheres com renda de até três salários mínimos em São Paulo foram as mais afetadas com ações de despejo na pandemia, e também as que mais morreram pela covid-19. Isso é o que mostra uma pesquisa do Instituto Pólis, que cruzou dados do Observatório de Remoções da USP com as taxas de mortalidade por covid na capital entre 2020 e 2021, e com informações do Censo Demográfico do IBGE de 2010. As informações foram divulgada na coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo. A região central e as periferias da cidade aparecem nos dois mapas: é onde mais acontecem ações de despejo e onde os óbitos por covid são proporcionalmente maiores. O Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu desocupações durante a pandemia, medida que vale até a próxima quinta-feira. Ainda assim, o Observatório da USP mapeou 794 casos durante o período, que foram contabilizados no estudo. “Mesmo em meio à pandemia, em que a moradia é uma estrutura básica para a adoção de medidas de prevenção sanitária, essas famílias seguem ameaçadas de despejo”, afirma o instituto, que defende a prorrogação da decisão.