Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Nasa lança satélite revolucionário para avaliar saúde da Terra

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Terça, 06 de Fevereiro de 2024 às 11:38, por: CdB

O satélite é composto por três instrumentos, incluindo um sensor que pode identificar até 256 cores no oceano, enquanto as ferramentas anteriores só conseguiam diferenciar menos de dez tonalidades.


Por Redação, com Lusa - de Washington


A Nasa, a agência espacial norte-americana, lançou nesta terça-feira satélite revolucionário que permitirá analisar os "sinais vitais" da Terra e ter melhor compreensão da saúde do planeta, especialmente os oceanos e a atmosfera.




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Missão Pace dará visão de como os oceanos se comportam

O satélite Pace, que estará a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9, será lançado de Cabo Canaveral, no centro da Flórida.


A oceanógrafa da Nasa Violeta Sanjuan explicou à agência espanhola de notícias EFE que o Pace será colocado numa órbita mais distante que a Estação Espacial Internacional (ISS), a cerca de 677 quilômetros da Terra.


A cientista espanhola destacou que se trata de um satélite revolucionário porque irá fornecer detalhes do oceano, especialmente das microalgas (fitoplâncton), que nunca tinham sido alcançados antes.


O fitoplâncton, explica, representa apenas 1% da massa vegetal total do planeta (incluindo terrestre), mas mesmo assim "gera aqueles 50% a 60% do oxigênio" que estão disponíveis no planeta.


– É altamente eficiente na captura de dióxido de carbono e na liberação de oxigênio, muito mais que as plantas terrestres – enfatizou.


A missão Pace, sigla em inglês para Plankton, Aerosols, Clouds and Ocean Ecosystems, é única, porque além de analisar detalhadamente o fitoplâncton, o faz do ponto de vista de sua interação com aerossóis e substâncias suspensas no ar.



Visão diferente dos oceanos


– Isso dará uma visão incrível que não tínhamos até agora, de como os nossos oceanos se comportam, de como é a atmosfera e como ambos interagem e regulam o nosso clima – disse Violeta Sanjuan.


O satélite é composto por três instrumentos, incluindo um sensor que pode identificar até 256 cores no oceano, enquanto as ferramentas anteriores só conseguiam diferenciar menos de dez tonalidades.


– A quantidade de volume de dados é incrível em comparação com o que tínhamos antes – acrescentou a cientista.


A importância de determinar essas tonalidades deve-se ao fato de a cor do fitoplâncton variar de acordo com a sua espécie.


Esse organismo é muito importante, não só porque é a base da cadeia alimentar e a origem da vida, mas pela importância que tem para as alterações climáticas, afirmou Violeta


– Conhecer a saúde dos nossos oceanos é essencial, já que são os pulmões do planeta – enfatizou.




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