Uma polêmica em torno da construção de "proteção" na Linha Vermelha já foi debatida na cidade do Rio quando em 2016 as placas que separam a via do Complexo da Maré receberam painéis decorados para as Olimpíadas.
Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro
O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), anunciou na noite de quarta-feira a construção de um muro nas laterais Linha Vermelha. Ele terá 30 centímetros de espessura e, segundo argumentou o governador, o objetivo é garantir a "segurança" de todos que passam pela pista.
De acordo com o governo do Estado, as obras devem durar 90 dias e serão feitas entre 22h e 5h de dias úteis.
Os muros vão ser construídos no trecho que vai da Ilha do Governador até o acesso à Rodovia Presidente Dutra, já na Baixada Fluminense. "Serão 30 km de obras e um recapeamento total. Vamos reforçar as laterais, e um muro em locais onde são considerados de risco. Um muro de 30 cm para que a gente possa garantir a segurança de todos que passam por aqui", disse o governador à imprensa.
Polêmica
Uma polêmica em torno da construção de "proteção" na Linha Vermelha já foi debatida na cidade do Rio quando em 2016 as placas que separam a via do Complexo da Maré receberam painéis decorados para as Olimpíadas. Na época, moradores disseram que o objetivo da prefeitura era "esconder a favela".
Agora, novamente a construção em formato de muro está sendo questionada. Nas redes sociais, a comunicadora popular Gizele Martins, moradora da Maré, disse que o muro representa o apartheid carioca.
– Muro da vergonha, muro do apartheid carioca. O racista do governador quer completar o que o tal prefeito fez décadas atrás. Quer construir mais muros pra esconder pobre, negro e favelado… – destacou na postagem.