Rio de Janeiro, 23 de Novembro de 2024

Mortes de Yanomamis têm queda de 33% no primeiro trimestre

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Segunda, 05 de Agosto de 2024 às 13:34, por: CdB

Os registros indicam uma redução de 71% nas mortes causadas por desnutrição, 59% nas decorrentes de infecções respiratórias agudas e 50% nas mortes provocadas por malária.

Por Redação, com CartaCapital – de Brasília

O Ministério da Saúde registrou uma queda de 33% no número de óbitos de indígenas Yanomamis no primeiro trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período do ano passado. O levantamento foi realizado pelo diário conservador carioca O Globo desta segunda-feira 5 com base em informações oficiais fornecidas pela pasta.

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País registrou redução nas mortes por desnutrição, infecções respiratórias e malária

Os registros indicam uma redução de 71% nas mortes causadas por desnutrição, 59% nas decorrentes de infecções respiratórias agudas e 50% nas mortes provocadas por malária. Apesar da melhora, os números continuam preocupantes. No total, foram identificadas 74 mortes neste ano, contra 111 em 2023.

Desde o ano passado, o Ministério da Saúde tem trabalhado para uniformizar a metodologia de contagem de dados relacionados à saúde Yanomami. Dados de 2023 mostraram um aumento nas mortes de indígenas Yanomamis comparado ao período da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, o Ministério identificou inconformidades nos registros e subnotificação de incidentes durante o governo anterior.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, diversas unidades de saúde indígena não estavam funcionando quando ela assumiu a pasta, o que resultou em muitas mortes não registradas e uma demanda represada.

A partir de agosto, o Ministério da Saúde iniciará uma parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para padronizar a coleta de dados. A previsão é que o governo divulgue um relatório sobre a saúde indígena a cada seis meses.

Medidas de proteção

Além das medidas de proteção na área da saúde Yanomami, o governo federal também lançou ações de combate ao garimpo ilegal nos territórios indígenas, uma das principais causas de mortes e doenças. A violência nesses territórios tem dificultado o pleno funcionamento das unidades de atendimento.

Ainda este ano, está prevista a inauguração de uma área especializada em saúde indígena na Universidade Federal de Roraima, reforçando o compromisso do governo com a saúde e a segurança dos povos indígenas.

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