Nas contas apresentadas por Juscelino, ele informou que todos os voos foram feitos por 'três cabos eleitorais'. O jornal identificou, no entanto, “que os nomes apresentados por ele são de um casal e de uma filha de dez anos, que moram em São Paulo. A família disse não conhecer o político".
Por Redação - de Brasília
Ministro das Comunicações, o fazendeiro Juscelino Filho (União Brasil-MA) apresentou à Justiça Eleitoral, durante a campanha do ano passado, quando concorria a uma cadeira de deputado federal, informações falsas para custear com dinheiro público 23 supostas viagens de helicóptero. Os dados foram divulgado, nesta terça-feira, pelo diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo.
Nas contas apresentadas por Juscelino, ele informou que todos os voos foram feitos por 'três cabos eleitorais'. O jornal identificou, no entanto, “que os nomes apresentados por ele são de um casal e de uma filha de dez anos, que moram em São Paulo. A família disse não conhecer o político".
A lista falsa de passageiros foi utilizada para justificar o gasto de R$ 385 mil do fundo eleitoral. Foram citados por Juscelino Filho como passageiros os empresários Daniel Pinheiro de Andrade e Angela Camargo Alonso. O casal é de São Paulo, atua no ramo de decoração e nega ter tido relação com a campanha do então deputado.
Sistema
Andrade afirmou já ter viajado pela Rotorfly Táxi Aéreo - empresa utilizada por Juscelino Filho -, mas para fazer viagens entre São Paulo e Campos do Jordão.
— Não tem nada a ver com o Maranhão. Provavelmente, usaram meu nome e puseram na comprovação de despesas. Eles pegaram a lista de passageiros do voo que eu voei e replicaram — imagina Andrade.
A Rotorfly Táxi Aéreo alegou ter tido um problema em seus sistemas, o que teria gerado os erros.
— Teve um erro sistêmico, no nosso sistema, que acabou preenchendo errado — assume Rodrigo Massucatto Braga, dono da empresa.