A mostra retrata o Brasil do Xingu, da Amazônia brasileira. Os curadores sugerem pensar o país como chão e território, proporcionando uma experiência direta com territórios indígenas e quilombolas.
Por Redação, com Ansa - de Veneza, Itália
Ministra da Cultura, a artista Margareth Menezes anunciou, neste sábado, que pela primeira vez o Brasil ganhou o Leão de Ouro, premiação da Bienal de Arquitetura de Veneza, na Itália. O evento é considerado um dos mais importantes e tradicionais do mundo. A pasta comandada pela ministra está apoiando a exposição ‘Terra’, no pavilhão do Brasil na Bienal, e é produzida pelos arquitetos e curadores Gabriela Matos e Paulo Tavares.
A mostra retrata o Brasil do Xingu, da Amazônia brasileira. Os curadores sugerem pensar o país como chão e território, proporcionando uma experiência direta com territórios indígenas e quilombolas.
O Ministério da Cultura investiu R$ 1,5 milhão na exposição com objetivo de dar "sequência à agenda de reconstrução do intercâmbio cultural internacional”. A 18ª edição da bienal tem como tema O Laboratório do Futuro e apresenta o continente africano como responsável pela formação do mundo que está por vir. A mostra conta também com nove eventos paralelos em Veneza.
Assaltada
Logo após deixar o local da entrega do Leão de Ouro, a ministra Margareth Menezes foi assaltada enquanto estava em um vaporetto, o transporte aquático que percorre a cidade de Veneza. Por conta do episódio, o prefeito local, Michele di Bari, pediu desculpas em nome da localidade e das instituições pelo que ocorreu.
De acordo com sua equipe, os criminosos levaram dinheiro, documentos e cartões da ministra. O caso está sendo investigado pela polícia.
Já na Itália, o episódio resultou em uma crítica do presidente da região do Vêneto de uma das maiores associações do Turismo do país, a Confturismo, Marco Michielli. O representante afirmou que uma mudança legislativa recente proíbe que estrangeiros denunciem esse tipo de crime e pediu a intervenção do Ministério da Justiça no caso.
O jurista Gian Luigi Gatta, no entanto, afirmou à agência italiana de notícias Ansa que "não existe e nunca existiu na lei italiana algum limite ao direito de apresentar uma denúncia por parte de turistas estrangeiros presentes na Itália".