Gangues realizam fraudes de extorsão sexual ao fingir serem pessoas do sexo oposto e convencê-las a lhes enviar imagens explícitas de si mesmas e depois ameaçá-las com sua divulgação a menos que lhes enviem dinheiro.
Por Redação, com CartaCapital – de São Francisco
A Meta anunciou na quarta-feira a eliminação de 63 mil contas do Instagram na Nigéria ligadas a fraudes de extorsão sexual, depois que as autoridades do país africano multaram a empresa em US$ 220 milhões (R$ 1,2 bilhão).
As contas eliminadas incluem uma rede de 2,5 mil perfis vinculados a um grupo de 20 pessoas.
Também foram eliminadas 1,3 mil contas do Facebook e 200 páginas de Grupos do Facebook procedentes da Nigéria por “dar conselhos para realizar fraudes”.
Extorsão sexual
Gangues realizam fraudes de extorsão sexual ao fingir serem pessoas do sexo oposto e convencê-las a lhes enviar imagens explícitas de si mesmas e depois ameaçá-las com sua divulgação a menos que lhes enviem dinheiro.
“Apontaram principalmente para homens adultos nos Estados Unidos e utilizaram contas falsas para ocultar suas identidades”, indicou a Meta em um comunicado.
O gigante das redes sociais indicou que os fraudadores também miram menores, embora busquem focar em adultos e a maioria de suas tentativas fracassa.
Uma investigação da Segurança Interna realizada entre outubro de 2021 e março de 2023 recebeu 13 mil relatos de extorsão sexual financeira com 12,6 mil menores nos Estados Unidos, em sua maioria rapazes.
As fraudes provocaram pelo menos 20 suicídios, segundo o FBI.
“Os criminosos dedicados à extorsão sexual por motivos econômicos costumam estar localizados fora dos Estados Unidos, principalmente nos países do oeste da África como Nigéria e Costa do Marfim, e do sudeste asiático como Filipinas”, disse o FBI em janeiro.