Em mensagens na rede X (antigo Twitter), Almeida afirmou que a ação “escancarou os propósitos genocidas do governo israelense”.
Por Redação – de Brasília
Ministro dos Direitos Humanos do Brasil, o advogado e professor Silvio Almeida subiu o tom ao condenar nesta segunda-feira, com veemência, o ataque disparado por Israel contra um campo de refugiados palestinos em Rafah, na Faixa de Gaza, durante o fim de semana. O bombardeio por parte do regime sionista de Israel, comandando pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, matou mais de 40 pessoas. Idosos, mulheres e crianças foram queimados vivos. Muitos encontram-se gravemente feridos e tiveram membros amputados.
Em mensagens na rede X (antigo Twitter), Almeida afirmou que a ação “escancarou os propósitos genocidas do governo israelense”.
“Pelo menos 45 palestinos foram mortos em ataque israelense contra o campo de refugiados de Tal as-Sultan, no sul de Rafah. Segundo a Agência da ONU para Refugiados, as ‘mortes em massa’ incluem mulheres e crianças. Este evento não deixa dúvidas de que o governo de Israel comete crimes de guerra e que descumpre flagrantemente as decisões da Corte Internacional de Justiça.
“O assassinato brutal de civis palestinos – principalmente de mulheres e crianças – escancara os propósitos genocidas do governo israelense. Que a comunidade internacional rechace com firmeza esta atitude criminosa e faça cumprir as determinações do sistema de justiça internacional”, escreveu o ministro.
Inominável
Para a médica e deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), “Israel ultrapassou todos os limites de desumanidade ao queimar vivas dezenas de crianças e mulheres palestinas num campo da agência de refugiados da ONU em Rafah. É inominável o que o genocida Netanyahu fez hoje em Gaza. Criminoso!”, publicou em uma rede social.
O ataque ao campo de Tal as-Sultan ocorreu depois que as forças israelenses bombardearam abrigos que abrigavam palestinos deslocados em outras áreas, incluindo Jabalia, Nuseirat e Cidade de Gaza, matando pelo menos outras 160 pessoas, segundo autoridades palestinas.
Holocausto
“GENOCÍDIO! O governo terrorista de Israel bombardeou a Agência da ONU para Refugiados Palestinos em Rafah. Ao menos 30 palestinos foram assassinados. Exército israelense ignora decisão da Corte de Haia e mantém ataques letais no sul de Gaza.
‘Horror sem precedentes, é preciso parar imediatamente essa máquina de matar. Basta de genocídio!”. O protesto é do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), publicado após o premiê Netanyahu avançar no que Valente classificou de “holocausto do povo palestino”.
Ao menos 35.984 palestinianos foram mortos e até 80.643 pessoas ficaram feridas na guerra de Israel contra Gaza desde 7 de Outubro.
Extrema direita
Presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR) também reagiu com indignação nesta segunda-feira, em mensagem pelas redes sociais, ao bombardeio disparado por Israel contra o campo de refugiados palestinos.
Hoffmann apontou a extrema direita como o “maior obstáculo” para a obtenção da paz e alertou para sua ‘insensibilidade’ crescente.
“Bombardear abrigos de refugiados e matar palestinos deslocados em Rafah foi a resposta do governo de extrema direita de Israel à Corte Internacional de Haia, que havia determinado a suspensão das operações militares. É mais uma demonstração de crueldade e arrogância do governo de Netanyahu, que desafia a civilização e a humanidade para se manter no poder.
“A paz merece uma chance, palestinos e israelenses merecem viver em Estados soberanos e seguros. Está claro, há muito tempo, que a extrema direita é o maior obstáculo, cada vez mais isolada, porém cada vez mais insensível. Escolheram a barbárie”, concluiu Hoffmann.