A exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas também se tornou motivo de disputa entre os ministros Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e Marina. A Petrobras, por sua vez, defende o projeto, o Ibama recomendou o indeferimento do pedido de licença ambiental feito pela companhia.
Por Redação - de Brasília
Apesar do desgaste da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, com a possibilidade da exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas e do esvaziamento da pasta, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse à mídia conservadora, nesta sexta-feira, que a saída dela do governo não foi discutida.
— Em nenhum momento isso entrou em discussão, em questão — afirmou.
Marina tem um papel importante de “sustentar” a agenda ambiental do governo Lula, afirma o parlamentar.
— A agenda da sustentabilidade está no coração do governo do presidente Lula. Ela (Marina) tem papel muito importante em sustentar essa agenda. E pode ter certeza que essa agenda estará sustentada mesmo com modificações que possam ser feitas no Congresso Nacional na distribuição administrativa de órgãos do governo. Essa agenda estará preservada e com a liderança na ministra Marina — acrescentou Padilha, em entrevista ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP).
Licença
Na antevéspera, a Comissão especial do Congresso que trata da Medida Provisória da reestruturação dos ministérios do governo aprovou uma nova versão do texto que retira poderes da Pasta de Marina Silva, ministra do Meio Ambiente.
A exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas também se tornou motivo de disputa entre os ministros Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e Marina. A Petrobras, por sua vez, defende o projeto, o Ibama recomendou o indeferimento do pedido de licença ambiental feito pela companhia.
— O Ibama tomou uma posição técnica sobre esse tema. Acho que está em processo de discussão. A Petrobras vai partir dessa posição técnica, reapresentar o seu plano, poder discutir isso, isso continua em discussão dentro do governo — concluiu Padilha.