Para o dirigente argentino, os líderes internacionais "se juntam para discutir como avançam na flexibilização trabalhista, como debilitam e destroem o público", entre outras coisas, e adotam "medidas que estão liquidando a natureza".
Por Redação, com EFE - de Buenos Aires
Uma manifestação reuniu centenas de pessoas nesta sexta-feira em frente ao Congresso da Argentina, em Buenos Aires, para protestar contra a realização da cúpula do G20 na cidade e as políticas econômicas de ajuste do governo do país e do Fundo Monetário Internacional (FMI). – Macri, FMI, Bolsonaro, Trump. Unir a esquerda para enfrentá-los – afirmava a convocação do ato, organizado pelo Movimento Socialista dos Trabalhadores (MST), o primeiro de vários que acontecerão antes que o encontro do G20 comece na próxima sexta-feira na capital argentina. – Dentro de poucos dias começam a cair os personagens da cúpula do G20, uma reunião que não tem nada de benéfico para nossos povos – declarou à Agência Efe o secretário-geral do MST, Alejandro Bodart. Para o dirigente argentino, os líderes internacionais "se juntam para discutir como avançam na flexibilização trabalhista, como debilitam e destroem o público", entre outras coisas, e adotam "medidas que estão liquidando a natureza". Sobre a situação da Argentina, Bodart declarou que "as pesquisas falam que 75% do povo é contra os acordos com o FMI", enquanto na cúpula do G20 "vão santificar" o resgate do Fundo. Bodart criticou que o governo presidido por Mauricio Macri "tenta convencer o povo de mentiras absolutas, como que a dívida vai lhes beneficiar", quando, na verdade, em sua opinião, a Argentina "é um país que vive de dívida em dívida". O dirigente também disse à Efe que seu partido e outras legendas realizarão atos de protesto a partir da próxima quarta-feira, que culminarão com uma passeata na sexta-feira. Nesse sentido, lamentou que o Executivo esteja tentando "aterrorizar a população" com o "tremendo" dispositivo de segurança anunciado. – Não vão funcionar os aviões, os trens, os metrôs, os navios, os ônibus, tudo para evitar que haja mobilização; mas vai haver – garantiu.