O presidente da CGIL, Maurizio Landini, afirmou que "deste primeiro ato, pedimos que o governo faça, com apoio de todo o Parlamento, que as forças que defendem o fascismo e cometem atos violentos devem ser dissolvidas".
Por Redação, com Ansa - de Roma
A passeata e a manifestação contra o fascismo que ocorreram neste sábado em Roma reuniram "cerca de 200 mil pessoas", informou a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), principal sindicato do país e que foi alvo de um ataque do grupo neofascista Força Nova no dia 9 deste mês. As autoridades não fizeram um balanço oficial do público.
Parlamento
O ato começou logo no início da manhã e se estendeu até o fim da tarde (pela hora local) com discursos dos representantes dos sindicatos, de partidos políticos e de organizações civis e religiosas.
O presidente da CGIL, Maurizio Landini, afirmou que "deste primeiro ato, pedimos que o governo faça, com apoio de todo o Parlamento, que as forças que defendem o fascismo e cometem atos violentos devem ser dissolvidas".
— Da solidariedade, deve-se passar à ação concreta — pontuou Landini.
Após o ataque à sede do sindicato pelo Força Nova, duas moções para banir essas organizações foram apresentadas ao Parlamento, sendo que a análise delas deve ocorrer no próximo dia 20. Mas, uma parte dos partidos de direita e extrema-direita da Itália já começa a se movimentar para "esvaziar" os textos.
Esquerda
O ato deste sábado contou com o apoio de outros dois grandes sindicatos italianos, a Confederação Italiana dos Sindicatos dos Trabalhadores (CISL) e a União Italiana do Trabalho (UIL), além dos partidos de esquerda, com destaque para o Partido Democrático, e o populista Movimento 5 Estrelas (M5S).
Um dos políticos que discursou no evento principal, o ex-premiê Giuseppe Conte, que preside o M5S, reafirmou que a manifestação "é uma grande festa da democracia sem cor política". Também estava presente o ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio.
Já um dos principais líderes ultranacionalistas do país, Matteo Salvini, da Liga, usou suas redes sociais para criticar o que chamou de "ato de campanha eleitoral da esquerda" e dizer que "não há perigo fascista" na Europa.