Nesta quinta-feira, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) confirmou a jornalistas que há uma equipe de segurança em solo norte-americano, à espera da chegada de Bolsonaro, que deixa o país antes de concluir o mandato para não passar a faixa ao novo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Por Redação - de Brasília
O presidente em fim de mandato, Jair Bolsonaro (PL), está de malas prontas para deixar o país, nas próximas horas, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil junto a assessores próximos do mandatário. Ao lado de familiares, ainda sem confirmação quanto à presença da mulher, Michelle, o político que perderá o foro privilegiado se distancia do país, em um momento delicado, frente a uma série de processos a que responde, na Justiça.
Nesta quinta-feira, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) confirmou a jornalistas que há uma equipe de segurança em solo norte-americano, à espera da chegada de Bolsonaro, que deixa o país antes de concluir o mandato para não passar a faixa ao novo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Filha mais velha de Michelle Bolsonaro, a estudante Letícia Firmo, de 20 anos, também embarcou em um voo comercial, na parte da tarde, com destino a Orlando. Ao seu lado, de acordo com levantamento da mídia brasiliense, um comboio de quatro veículos foi visto saindo do Palácio Alvorada nesta manhã, rumo ao Aeroporto Internacional de Brasília, com a filha mais nova do futuro ex-presidente, a Laurinha, a quem ele chamou de “uma fraquejada” após o nascimento de quatro filhos homens.
Em fuga
Embora não tenha se pronunciado sobre a viagem de última hora, a presença de seguranças e de parte da família Bolsonaro, nos EUA, endossam as notícias de que ele deixará o país. O mandatário chegou a afirmar que seria "fake news” (notícia falsa, em inglês) que viajaria ao país da América do Norte, na véspera, mas pessoas próximas, segundo a mídia conservadora, afirmam que ele chegará à Flórida (EUA), nesta sexta-feira.
Segundo o advogado Marco Aurélio Carvalho, do Grupo Prerrogativas, a ida de Bolsonaro aos Estados Unidos configura uma "fuga" com uso de recursos públicos.
— No nosso entender há uma proibição jurídica de que o Estado seja utilizado para interesse pessoal do presidente, não para uma atividade inerente à função dele. Você não pode usar recursos públicos para promover o que essencialmente é uma fuga — afirmou Carvalho, a jornalistas.
Na noite passada, Bolsonaro convidou ao Palácio da Alvorada aliados políticos, no que pareceu ser uma reunião de despedida. O vice-presidente, Hamilton Mourão, embora não tenha sido avisado da viagem, passará a ser o presidente em exercício assim que Bolsonaro cruzar a fronteira do país.