Aprovada pela Assembleia Legislativa mato-grossense no dia 12 de junho, a proibição aguarda apenas sanção do governador Mauro Mendes (União Brasil). Algo semelhante ao que poderá ocorrer na Bahia, se os deputados estaduais baianos também avançaram na legislação anti-fracking apresentada por Robinson Almeida (PT), no início de junho.
Por Redação, com BdF – de Cuiabá
Considerada a técnica de exploração de gás natural e petróleo mais nociva que existe, o fraturamento hidráulico, ou fracking, ainda não é realizado no subsolo brasileiro. Enquanto a proibição não é garantida em todo o país todo por uma legislação federal, no entanto, Mato Grosso está muito perto de ser o terceiro Estado a vetar oficialmente essa modalidade de exploração não convencional e outras que possam poluir o lençol freático.
Aprovada pela Assembleia Legislativa mato-grossense no dia 12 de junho, a proibição aguarda apenas sanção do governador Mauro Mendes (União Brasil). Algo semelhante ao que poderá ocorrer na Bahia, se os deputados estaduais baianos também avançaram na legislação anti-fracking apresentada por Robinson Almeida (PT), no início de junho.
Articulações
Assim, ambos os Estados se somariam a Paraná e Santa Catarina, que já possuem decisões sancionadas contra o método. Ambientalistas ouvidos pelo site de notícias Brasil de Fato (BdF) comemoram os sucessos regionais, que ocorrem graças às mobilizações puxadas pela ‘Coalizão Não Fracking Brasil’ e organizações anti-combustíveis fósseis, mas também pela adesão de políticos de diferentes correntes, assim como setores da economia e entidades civis e religiosas.
— No Estado do Mato Grosso, as articulações mais fortes vêm sendo feitas com o agronegócio, que tem esse interesse, principalmente pela questão da contaminação, das fontes hídricas, possível contaminação dos alimentos — resume Ilan Zugman, diretor para América Latina da ONG internacional 350.org.
Ele reconhece o peso desse tipo de apoio, mas diz que sua instituição prefere não manter vínculos diretos com o agro, “apenas atuar com as comunidades afetadas, por ser o setor que mais contribui com as emissões de gases de efeito estufa no Brasil”.