Rio de Janeiro, 01 de Abril de 2025

Maior iceberg do mundo se liberta e avança para o norte

Após décadas encalhado e depois girando em torno de um ponto no oceano, A23a agora se dirige para águas mais quentes ao norte da Antártida.

Terça, 17 de Dezembro de 2024 às 15:23, por: CdB

Após décadas encalhado e depois girando em torno de um ponto no oceano, A23a agora se dirige para águas mais quentes ao norte da Antártida.

Por Redação, com DW – de Berlim

O maior e mais antigo iceberg do mundo, o A23a, na Antártida, está em movimento e se desloca para o norte, revelou o instituto de pesquisa polar British Antarctic Survey (BAS).

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A23a deverá se fragmentar em icebergs menores e, por fim, derreter

Depois de décadas encalhado e, mais recentemente, girando em torno de um mesmo ponto, o A23a se libertou de sua posição ao norte das Ilhas Orkney do Sul e está à deriva no Oceano Antártico.

O colosso A23a, que tem mais do que o triplo da área urbana da cidade de São Paulo e pesa quase 1 trilhão de toneladas, se desprendeu da plataforma de gelo Filchner-Ronne em 1986 e permaneceu aterrado no fundo do Mar de Weddell por mais de 30 anos antes de iniciar sua lenta jornada para o norte, em 2020.

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Porém, nos últimos meses, o iceberg ficou preso num fenômeno oceanográfico conhecido como coluna de Taylor, uma espécie de cilindro de água em rotação que se forma sobre montanhas submersas. Essa dinâmica manteve o A23a girando num único ponto, atrasando sua esperada rápida deriva para o norte.

Oceano Antártico

Prevê-se que o A23a continuará sua jornada no Oceano Antártico seguindo a Corrente Circumpolar Antártica, que provavelmente o levará em direção à ilha subantártica da Geórgia do Sul. Nessa região, ele encontrará águas mais quentes e deverá se fragmentar em icebergs menores e, por fim, derreter.

– Estamos curiosos para ver se ele seguirá o mesmo caminho de outros grandes icebergs que se desprenderam da plataforma de gelo da Antártica. E, o que é mais importante, que impacto isso terá no ecossistema local – disse o oceanógrafo Andrew Meijers, do British Antarctic Survey.

Segundo a biogeoquímica Laura Taylor, amostras das águas do oceano ajudarão a determinar que tipo de vida pode se formar ao redor do A23a e como isso afeta a presença de carbono no oceano.

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