Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Maduro diz que ofensiva dos EUA decretaria queda política de Trump

Nicolás Maduro alerta que uma intervenção militar dos EUA na Venezuela resultaria no fim político de Donald Trump, em meio a crescentes tensões entre os dois países.

Terça, 18 de Novembro de 2025 às 11:10, por: CdB

A declaração foi divulgada após Trump reiterar que não descarta nenhuma opção quanto a uma possível intervenção em solo venezuelano.

Por Redação, com ANSA – de Caracas

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alertou na  segunda-feira que um eventual ataque “militar” dos Estados Unidos contra seu país representaria “o fim político” do seu homólogo norte-americano, Donald Trump.

Maduro diz que ofensiva dos EUA decretaria queda política de Trump | Maduro declarou estar disposto a um encontro cara a cara
Maduro declarou estar disposto a um encontro cara a cara

A declaração foi divulgada após Trump reiterar que não descarta nenhuma opção quanto a uma possível intervenção em solo venezuelano.

Durante seu programa semanal “Con Maduro+”, transmitido pelo canal estatal Venezolana de Televisión (VTV), Maduro também declarou estar disposto a um encontro “cara a cara” com Trump, indicando abertura para um diálogo direto.

– Quem quiser conversar sempre encontrará em nós pessoas de palavra, honestas e com a experiência necessária para liderar a Venezuela – afirmou.

No entanto, o líder venezuelano reforçou que “não podemos permitir que o povo venezuelano seja bombardeado e massacrado”.

Tensões com os EUA

As declarações de Maduro ocorrem em meio ao aumento das tensões com os EUA, especialmente devido à presença militar norte-americana no Caribe, justificada pela Casa Branca como parte de operações contra o que chama de “narcoterrorismo”.

Caracas, por sua vez, acusa Washington de conduzir uma campanha de pressão para remover o mandatário do poder.

Nos últimos dias, um contingente de fuzileiros navais dos EUA iniciou exercícios militares em Trinidad e Tobago, país situado a poucos quilômetros da costa venezuelana. O governo venezuelano classificou as manobras como “irresponsáveis” e uma “ameaça” à segurança regional.

Entretanto, a primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, negou qualquer possibilidade de apoio a ações ofensivas contra a Venezuela: “Os Estados Unidos nunca pediram para usar nosso território para lançar ataques contra o povo venezuelano. O território de Trinidad e Tobago não será usado para isso”, declarou ela em entrevista à agência francesa de notícias Agence France-Presse (AFP).   

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