Rio de Janeiro, 31 de Março de 2025

Macron apresenta 'força de garantia' para a fase pós-guerra na Ucrânia

Emmanuel Macron anuncia uma força de garantia para a Ucrânia, liderada por França e Reino Unido, visando dissuadir agressões russas após um cessar-fogo.

Quinta, 27 de Março de 2025 às 14:15, por: CdB

A proposta é liderada por Paris e pelo Reino Unido e busca servir como dissuasão contra “potenciais agressões russas” no futuro.

Por Redação, com ANSA – de Paris

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira que a Ucrânia contará com uma “força de garantia” formada por diversos países europeus no caso de um cessar-fogo com a Rússia.

Macron apresenta 'força de garantia' para a fase pós-guerra na Ucrânia | Reunião de aliados da Ucrânia em Paris
Reunião de aliados da Ucrânia em Paris

A proposta é liderada por Paris e pelo Reino Unido e busca servir como dissuasão contra “potenciais agressões russas” no futuro.

– Haverá uma força de garantia com diversos países europeus. Essas forças de garantia são uma proposta franco-britânica desejada pela Ucrânia – disse Macron após uma reunião de mais de 20 nações aliadas de Kiev em Paris.

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O presidente reconheceu que o plano “não tem unanimidade hoje”, mas salientou que esse não é um pré-requisito para seguir em frente com a proposta. As tropas, segundo Macron, serão deslocadas para “locais estratégicos” da Ucrânia no caso de um cessar-fogo, mas “não serão forças de manutenção da paz, não estarão presentes na linha de contato nem substituirão o Exército” de Kiev.

Ucrânia

Macron ainda confirmou que uma delegação franco-britânica viajará à Ucrânia nos próximos dias para discutir a proposta e o futuro das Forças Armadas do país, que pleiteia garantias de segurança internacionais após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter fechado as portas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para Kiev.

– A Europa está se mobilizando como não se via há décadas – disse o premiê do Reino Unido, Keir Starmer, que também participou da reunião em Paris.

No entanto ele admitiu que o debate sobre o envio de tropas ainda é “prematuro”, uma vez que Moscou e Kiev estão longe de um acordo de paz.

Se não há consenso sobre a tal “força de garantia”, os países participantes da cúpula foram unânimes em rejeitar a revogação de sanções impostas à Rússia desde o início da guerra. “Não tem sentido antes que a paz seja alcançada de forma clara”, declarou Macron, que acusou o regime de Vladimir Putin de “fingir” que está negociando e foi ecoado pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

– A Rússia não deseja nenhum tipo de paz – reforçou o líder ucraniano em Paris.

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