A ex-senadora também sinalizou ao PT que espera um gesto de Lula, um telefonema, talvez, para iniciar as negociações. Marina, de mudança do Acre para a capital paulista, onde será candidata a deputada federal, teve recentemente uma conversa com o ex-prefeito Fernando Haddad.
Por Redação - de Belo Horizonte e São Paulo
Ex-ministra do Meio Ambiente na primeira gestão petista, a ex-candidata à Presidência da República Marina Silva (Rede-AC) disse, nesta segunda-feira, que aceitará uma reunião com o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na qual deverão tratar do apoio ao líder nas pesquisas de opinião para um novo mandato à frente do Palácio do Planalto. Marina espera que Lula apresente as propostas do partido para o desenvolvimento sustentável e para combater a crise climática.
A ex-senadora também sinalizou ao PT que espera um gesto de Lula, um telefonema, talvez, para iniciar as negociações. Marina, de mudança do Acre para a capital paulista, onde será candidata a deputada federal, teve recentemente uma conversa com o ex-prefeito Fernando Haddad, por telefone, e ficou de marcar um encontro com ele para falarem sobre as próximas eleições.
Acordo
Marina Silva, no entanto, é apenas mais um nome na lista do PT para o arco de alianças buscado na campanha deste ano. Outra investida é em cima do PDT. Mesmo com a candidatura de Ciro Gomes, o presidente do PDT, Carlos Lupi, tem conversado habitualmente com o ex-presidente Lula, por telefone, na tentativa de manter aberta uma janela para o diálogo.
Expoentes petistas articulam, ao longo das últimas semanas, o apoio a candidaturas do PDT em alguns Estados, como o Maranhão. Embora o candidato oficial do PT seja Carlos Brandão (PSB), a tendência é que Lula tenha dois palanques em São Luís, onde Weverton Rocha (PDT) também concorre. Um dos telefonemas de Lula a Lupi foi intermediado pelo senador.
No Ceará, terra de Ciro Gomes, o presidenciável pedetista corre o risco de perder o apoio de seu partido. Seu grupo quer fazer candidato ao governo o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, cujo nome sofre resistência do PT cearense. Já o PDT prefere que a indicada seja a atual governadora Izolda Cela, que não é próxima do clã Gomes e tem laços mais estreitos com o PT.
Minas
Na articulação por mais apoio à campanha, nesta manhã, Lula participou em Belo Horizonte de um encontro com líderes políticos dos sete partidos que já formalizaram apoio à sua pré-candidatura. No discurso, Lula destacou a importância do apoio amplo em Minas Gerais e no Brasil.
— É a primeira vez que recebo apoio de todas as centrais sindicais e de todos os partidos progressistas de esquerda em Minas Gerais e no Brasil. Algo novo está acontecendo no nosso país — afirmou o ex-presidente.
Lula também ressaltou o momento atual do Brasil e a destruição provocada pelo atual governo.
— Separados, somos fracos. Mas juntos nós temos muito mais força para derrotar esse governo. Esse presidente não recebeu nenhum dirigente sindical. Ele não recebe governador de Estado. Ele não recebe prefeito. A não ser os asseclas. Ele não recebe nenhum movimento social. Ele não recebe nenhum governante. O Brasil virou pária — concluiu.