Segundo os observadores, a centro-esquerda poderia substituir os conservadores no poder após as eleições, nas quais surgiria também um novo partido populista.
Por Redação, com CartaCapital – de Vilnius
Os lituanos votaram neste domingo no primeiro turno das eleições legislativas que poderão resultar em uma alternância no poder, mas sem uma mudança real na política externa baseada no apoio total à Ucrânia e no reforço da defesa.
Segundo os observadores, a centro-esquerda poderia substituir os conservadores no poder após as eleições, nas quais surgiria também um novo partido populista.
O Estado báltico, com 2,8 milhões de habitantes, teme ser o próximo alvo da Rússia, depois da invasão da Ucrânia lançada em fevereiro de 2022.
Os principais partidos do país, membro da Otan e da UE, concordam com a necessidade de um forte apoio a Kiev e de manter ou mesmo aumentar os gastos com defesa, que representam atualmente cerca de 3% do PIB.
Partido social-democrata
As pesquisas mostram que o partido social-democrata, que governou de 2012 a 2016, estaria à frente das outras 14 formações e coalizões, com 20% dos votos. O partido de centro-direita no poder, a União da Pátria, obteria 15% dos votos. Seis ou sete partidos ultrapassariam o limite para entrar no Parlamento.
Apesar da sta possível alternância de governo, não se espera grandes mudanças ao nível de política externa.
– Não há alternativa autêntica ao que a Lituânia escolheu há 20 anos – disse à agência francesa de notícias AFP o analista político Linas Kontrimas, referindo-se à adesão da Lituânia à UE e à Otan.