"Vocês têm o mundo do seu lado. Tudo isso precisa ser visto e conhecido. Aqui é um lugar de destruição, mas também de esperança. Muito do que me falaram diz respeito ao futuro e à reconstrução" disse o premiê italiano Mario Draghi para autoridades locais, em frente a prédios bombardeados no município.
Por Redação, com Ansa - de Kiev
Os líderes dos três países mais poderosos da União Europeia visitaram Kiev nesta quinta-feira para expressar solidariedade à Ucrânia na invasão promovida pela Rússia. O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, chegaram à capital ucraniana de trem e se reuniram com o presidente Volodymyr Zelensky, que pede mais armas e recursos do Ocidente para combater as tropas invasoras.
— Viemos para passar uma mensagem de união da Europa para todos os cidadãos ucranianos, porque as próximas semanas serão muito difíceis — afirmou Macron ao desembarcar em Kiev.
Massacres
As sirenes antiaéreas soaram duas vezes durante a visita dos três líderes, mas isso não impediu que eles fossem a Irpin, cidade dos arredores de Kiev devastada durante a ocupação russa, em março passado.
— Vocês têm o mundo do seu lado. Tudo isso precisa ser visto e conhecido. Aqui é um lugar de destruição, mas também de esperança. Muito do que me falaram diz respeito ao futuro e à reconstrução — disse Draghi para autoridades locais, em frente a prédios bombardeados no município.
Já Macron declarou que os massacres perpetrados em cidades como Irpin e Bucha, também na região de Kiev, são "crimes de guerra" e salientou que a Ucrânia precisa ser abastecida com "armamentos de defesa mais eficazes”.
— A Ucrânia precisa resistir e vencer — reforçou o presidente.
Encontro
A reunião com Zelensky ocorreu após a visita a Irpin e também teve a participação do presidente da Romênia, Klaus Iohannis.
Além do fornecimento de armas, o encontro girou em torno do pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia e da iminente crise alimentar no planeta por conta do bloqueio naval imposto pela Rússia aos portos ucranianos no Mar Negro, impossibilitando a exportação de grãos.
Além disso, Zelensky aceitou um convite da Alemanha para participar da próxima cúpula de líderes do G7, entre 26 e 28 de junho, na Baviera.
— Caros amigos, apreciamos que vocês estejam conosco hoje, às vésperas de importantes eventos internacionais para todos nós e a Europa. E sou muito grato pelo fato de a visita ter começado em Irpin, para que vocês pudessem ver o que os invasores russos fizeram — concluiu Zelensky.