Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Kremlin diz que jornalista norte-americano detido ‘violou’ lei russa

O serviço de segurança federal da Rússia (FSB) prendeu Gershkovich no mês passado por acusações de espionagem amplamente consideradas falsas pela Casa Branca, outros países ocidentais.

Terça, 11 de Abril de 2023 às 08:40, por: CdB

O serviço de segurança federal da Rússia (FSB) prendeu Gershkovich no mês passado por acusações de espionagem amplamente consideradas falsas pela Casa Branca, outros países ocidentais.


Por Redação, com Reuters - de Moscou


O Kremlin disse nesta terça-feira que o repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich "violou a lei russa" e foi pego "em flagrante", depois que o Departamento de Estado dos Estados Unidos o designou oficialmente como tendo sido "detido injustamente" pela Rússia.




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O repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich

O serviço de segurança federal da Rússia (FSB) prendeu Gershkovich no mês passado por acusações de espionagem amplamente consideradas falsas pela Casa Branca, outros países ocidentais, o Wall Street Journal, dezenas de organizações de mídia e grupos de direitos humanos.


A determinação dos Estados Unidos de que ele foi "detido injustamente" significa que o país acredita que ele foi alvo principalmente por ser cidadão norte-americano, e a transferência do caso do Departamento de Estado para o escritório do Enviado Especial para Assuntos de Reféns eleva o perfil político da questão.


Questionado sobre a decisão dos EUA nesta terça-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, repetiu a posição da Rússia de que Gershkovich infringiu a lei.


– Não entendo que tipo de inovações este novo regime está introduzindo. Quanto ao que isso significa, não sei – disse Peskov sobre a designação. Ele afirmou que Gershkovich foi "pego em flagrante e violou as leis da Federação Russa", antes de acrescentar: "É disso que ele é suspeito, mas é claro que o tribunal tomará uma decisão".



Casos criminais


Mais de 99% dos casos criminais na Rússia terminam em condenação e o país há muito é criticado por monitores de direitos humanos por falta de independência judicial.


A Rússia não apresentou nenhuma evidência para apoiar a ação contra Gershkovich, a qual está ocorrendo em segredo porque a Rússia diz que os materiais do caso são confidenciais.


Na próxima semana, um tribunal ouvirá um recurso da equipe jurídica de Gershkovich contra a ordem de mantê-lo em prisão preventiva na prisão de Lefortovo, em Moscou, até 29 de maio.



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