Um dos convocados a prestar depoimento foi o empresário Juan Carlos Blumberg, que havia entrado no partido La Libertad Avanza, mas abandonou a sigla acusando Milei de "transformar a política em um negócio".
Por Redação, com ANSA - de Buenos Aires
A justiça eleitoral da Argentina abriu um inquérito contra o líder ultraconservador e candidato da extrema direita à presidência, Javier Milei, acusado de vender candidaturas em seu partido para as próximas eleições.
O jornal Ámbito Financiero informou que o procurador Ramiro González abriu a investigação por questões de "gravidade institucional".
Um dos convocados a prestar depoimento foi o empresário Juan Carlos Blumberg, que havia entrado no partido La Libertad Avanza, mas abandonou a sigla acusando Milei de "transformar a política em um negócio", lançando candidaturas de pessoas dispostas a pagar até US$ 50 mil (R$ 245,4 mil).
Em entrevista à TV A24, Javier Milei negou a acusação: "É uma mentira enorme. Vou processar o senhor Blumberg por injúria, calúnia e difamação. Ele queria ser o candidato a governador da província de Buenos Aires".
Também foram convocados a prestar depoimento o advogado e analista de mercado financeiro Carlos Maslatón, que faz a mesma acusação, e um parlamentar de Buenos Aires.
Eleições gerais
As eleições gerais na Argentina estão marcadas para o dia 22 de outubro. O pleito vai definir o presidente, os membros do Congresso e os governadores da maioria das províncias.
Javier Milei tem aparecido em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto e é tido por analistas como uma "versão argentina" de políticos como os ex-presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump.