A equipe de judô que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio (Japão) afirmou nesta quinta-feira sentir-se segura para a preparação para o evento após sete funcionários do hotel em que estão hospedados na cidade de Hamamatsu testarem positivo para a covid-19.
Por Redação, com Reuters - de Tóquio
A equipe de judô que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio (Japão) afirmou nesta quinta-feira sentir-se segura para a preparação para o evento após sete funcionários do hotel em que estão hospedados na cidade de Hamamatsu testarem positivo para a covid-19, sem que nenhum membro da delegação fosse infectado. O chefe da equipe, Ney Wilson, afirmou que a equipe está completamente isolada no hotel, praticamente sem contato com os funcionários, e que até mesmo o treinamento acontece em uma espécie de bolha, em que os atletas não têm contato com o exterior. – Hoje a gente vive num hotel onde só tem nós – disse Wilson em entrevista coletiva online direto do Japão. "A gente não consegue nem tocar o botão do elevador, tem uma pessoa lá para tocar o botão", acrescentou o chefe da equipe, afirmando que a delegação chegou a ter alguma irritação com a rigidez dos protocolos. "Esses são os Jogos da paciência", afirmou. Wilson explicou que, nos treinamentos, os atletas ficam em uma espécie de "jaula", separada por um vidro do público externo, que pode assistir aos treinamentos, mas não ter contato com os atletas. Ele também afirmou que a equipe vem sendo testada diariamente para detectar eventuais casos de covid-19 e que até mesmo o restaurante que estão usando é exclusivo para a equipe. – A gente tem um restaurante exclusivo com uma culinária bem adaptada ao Brasil – afirmou. "Ninguém senta de frente para ninguém, todo mundo senta de frente para a parede", afirmou ele, que explicou que o modelo do restaurante é de self service, os membros da delegação têm a temperatura medida ao entrar e usam luvas de plásticos para se servirem. Ele contou que parte da equipe chegará ao Japão somente nesta quinta e que essa segunda leva de atletas permanecerá isolada dos demais - inclusive com horários diferentes de treinamento e alimentação - por quatro dias em cumprimento aos protocolos para evitar a disseminação da covid-19.