José Barroso Tostes Neto é o novo secretário da Receita
O auditor fiscal aposentado José Barroso Tostes Neto, especialista em gestão fiscal e municipal do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), será o novo secretário especial da Receita Federal, assumindo o posto deixado por Marcos Cintra.
Tostes é formado em Engenharia Mecânica e em Administração de Empresas, foi superintendente da Receita Federal na 2ª Região Fiscal e secretário de Fazenda do Pará.
Por Redação,com Reuters e Agências de Notícias - de Brasília
O auditor fiscal aposentado José Barroso Tostes Neto, especialista em gestão fiscal e municipal do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), será o novo secretário especial da Receita Federal, assumindo o posto deixado por Marcos Cintra. Formado em Engenharia Mecânica e em Administração de Empresas, Tostes Neto foi superintendente da Receita Federal na 2ª Região Fiscal e secretário de Fazenda do Pará.
O novo auditor fiscal da Receita Federal entrou no lugar de Marcos Cintra, demitido após defender a criação de um imposto parecido com a extinta CPMF
Atuou também como consultor no Fundo Monetário internacional (FMI) e no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ele assumirá o cargo após a nomeação por decreto do presidente Jair Bolsonaro, informou o ministério.
Cintra deixou a Secretaria da Receita depois de defender a criação de um imposto parecido com a extinta Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF). Em seu lugar, ocupou o cargo interinamente o auditor fiscal José de Assis Ferraz Neto.
Demissão de Cintra
No dia 12 de setembro, o presidente em exercício, Hamilton Mourão, disse que foi do presidente Jair Bolsonaro a decisão de demitir o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, por não ter gostado da discussão sobre a eventual criação de um imposto sobre movimentação financeira, espécie de nova CPMF, sem que tenha havido uma decisão do governo.
– É a questão do imposto de transação financeira que o presidente Bolsonaro não tem uma decisão a este respeito e ele acha que a discussão se tornou pública demais antes de passar por ele – disse Mourão, em entrevista na vice-presidência.
– Esse troço transbordou, já estava sendo discutido em rede social, essas coisas todas, e o presidente não gostou – completou.
Questionado se a queixa do presidente era sobre o fato de a discussão do novo imposto ocorrer sem decisão tomada ou do mérito em si, Mourão afirmou que “talvez o mérito também”.
– O presidente não é fã desse imposto – respondeu, em linha com o que, mais cedo, o próprio Bolsonaro disse em rede social ser contra uma nova CPMF.
Ao ser perguntado se Bolsonaro ainda tem de ser convencido sobre a necessidade do imposto, o presidente em exercício disse que o assunto tem de ser discutido, mas fez uma ponderação. Ele disse que, mesmo na hipótese de o governo se colocar a favor desse imposto, a definição dele ficará a cargo do Legislativo.
– Quem é que vai definir isso? É o Congresso, então acho que todo desgaste prematuro em torno disso aí não leva a nada porque tudo vai ser decidido pelo Congresso – destacou.
Mourão disse ter almoçado nesta quarta com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem Cintra era subordinado. Disse ter conversado no encontro sobre a situação de Cintra, embora ainda não houvesse uma decisão sobre a saída do secretário.
– Ele (Guedes) compartilhou essa angústia com essa situação, mas disse: ‘vamos aguardar a decisão do presidente.’ Aí veio da decisão do presidente – afirmou.
O presidente em exercício relatou nunca ter conversado com Bolsonaro sobre uma eventual satisfação dele com Cintra.
– Eu considero o professor Marcos Cintra uma pessoa extremamente comprometida, competente. Ele tem as ideias dele e, óbvio, cada um nós que tem suas ideias que tem que defender até a decisão do decisor. Pode parecer até um pleonasmo isso aqui, mas é dessa forma que vejo as coisas – disse.